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Os vereadores de Curitiba aprovaram ontem, em votação simbólica, moção de apoio a projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional que prevê a castração química para crimes de estupro. Apresentado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), o projeto inclui no decreto-lei 2.848/1940 que a progressão da pena estará condicionada à adoção voluntária da castração pelo condenado pelos crimes de estupro.

Aperfeiçoamento
A moção, de autoria do vereador Thiago Ferro (PSC), foi apoiada no debate em plenário por Noemia Rocha (MDB) e Rogério Campos (PSD). Maria Leticia (PV) e Professora Josete (PT) anunciaram voto contrário, mas, pelas características da votação simbólica, não há registro nominal dos votantes. “A castração química é um aperfeiçoamento no sistema, para que haja menos reincidência do estupro no país”, argumentou Ferro. Para Maria Leticia, “não há consenso científico (sobre o método)”.

Copel Telecom
A direção estadual do PDT do Paraná divulgou ontem nota de repúdio à tentativa do governo Ratinho Júnior de vender a Copel Telecom. A nota foi motivada pela audiência pública virtual realizada hoje pela companhia na Bolsa de Valores, como parte do rito de privaticação da estatal, cuja decisão já foi referendada pelo Conselho de Administração da Copel (CAD), que aprovou a proposta de privatizar a Telecom. Segundo o partido, a iniciativa “afeta substancialmente o conjunto do patrimônio público do nosso Estado, construído por décadas pelo povo paranaense e que representa uma grande ferramenta para o desenvolvimento do Paraná”.

Incertezas
A legenda afirma que a Copel Telecom é “avaliada como empresa lucrativa e de melhor serviço do País”, e “teve lucro de 97,5 milhões no primeiro trimestre de 2020”. A empresa possui 34 mil quilômetros de fibra ótica, 260,2 mil acessos de banda larga fixa no Paraná e está presente nos 399 municípios do Estado. “Assim, a Telecom tem enorme potencial para a chamada ‘última milha’ e para a chegada de nova tecnologia 5G, destacando-se assim, como uma grande atração de investimentos no Paraná”, diz a direção do partido. “Como se não bastasse o comprovado potencial da empresa, a decisão de vendê-la veio em um momento totalmente inadequado, de incertezas na economia e de gigantesca necessidade de tecnologia. Não é hora de vender o que é estratégico, indispensável para o nosso futuro, lucrativo e de patrimônio público”, defende a sigla.

Vice
O deputado federal Ricardo Barrros (PP) afirmou ontem, em entrevista à rádio Banda B, que sua filha, a deputada estadual Maria Victória (PP), pode ser candidata a vice-prefeita na chapa de reeleição do prefeito Rafael Greca (DEM). Em 2016, Maria Victória disputou a prefeitura, ficando com a quarta maior votação. No segundo turno, ela e a família apoiaram Greca contra o deputado Ney Leprevost (PSD). “O partido ainda não tem uma posição definida em Curitiba. Nós temos duas alternativas, ou a indicaremos a vice do Rafael Greca ou vamos disputar com candidatura própria. Esse é o desenho que está estabelecido e obviamente que teremos de aguardar o prazo final das convenções para poder tomar essa posição”, disse Barros, que assumiu nesta semana a liderança do governo Bolsonaro na Câmara Federal.

Amizade
“Maria Vitória apoiou o prefeito Rafael Greca lá no segundo turno, declarou seu apoio em um momento em que ele estava ainda a quatro pontos atrás de Ney Leprevost, que liderava a pesquisa naquele momento. Então, o prefeito é nosso amigo pessoal, pessoa do nosso relacionamento, temos uma amizade com ele, mas isso não tem nada a ver com a nossa atividade partidária. O partido precisa estar presente no processo eleitoral e estará presente, ou com a vice ou como a candidatura própria”, defendeu o deputado.