
A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Municipal de Curitiba retoma hoje a discussão do polêmico projeto do prefeito Rafael Greca que pretende implantar o uso exclusivo do sistema de bilhetagem eletrônica no transporte coletivo da Capital, com a consequente extinção paulatina da função de cobrador de ônibus. A proposta foi apresentada no ano passado, mas a votação foi adiada justamente em razão da resistência da categoria, que teme perda de empregos. A prefeitura alega que não haverá demissões. A matéria recebeu um substitutivo geral apresentado pelo vereador Tico Kuzma (Pros), para que essa alteração seja feita de maneira gradual.
Hino
Os vereadores aprovaram ontem projeto de Rogério Campos (PSC) que prevê a execução semana do Hino de Curitiba nas escolas da cidade. A norma já previa que o Hino Nacional seria entoado semanalmente e o Hino da Bandeira uma vez a cada dois meses, sendo que essas frequências foram mantidas. “Ao longo do tempo, o respeito aos hinos foi se perdendo, e é isso que eu quero resgatar. Temos que buscar aquilo que simboliza respeito e educação”, alegou Campos;
Extremismo
Para Mauro Ignácio (PSB), o acirramento político no Brasil, entre a “extrema direita” e a “extrema esquerda”, obscurecem a questão do hino nas escolas, que deveria ser vista como questão de cidadania. “Pois é preciso que os alunos entendam que não é sobre decorar os hinos, mas de compreender a cidadania”, disse. “Eu sou da época da OSPB [Organização Social e Política do Brasil, sigla de uma disciplina presente no currículo escolar brasileiro de 1962 a 1993]. Precisamos resgatar esse Brasil de antigamente, no qual se ensinava sobre as estruturas de poder”, opinou.
Insubordinação
O deputado federal Ricardo Barros (PP) criticou ontem o coordenador da força-tarefa da operação Lava Jato no Paraná, procurador Deltan Dallagnol. Segundo ele, “Dalagnol está sendo insubordinado”, pois “há juízes e promotores honestos e comprometidos com o combate à corrupção em outros tribunais”. Para Barros, “a Lava Jato não tem o monopólio do juízo correto, tem fixação nos métodos da operação Mãos Limpas que outros juízes não tem”.
Cintos
Indícios de irregularidades levaram o Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE/PR) a suspender licitação da Secretaria da Administração e da Previdência do Estado (SEAP) para a compra de cintos de guarnição para policiais militares, pelo valor máximo de R$ 12,3 milhões. O cinto de guarnição compõe o uniforme do policial e serve para o transporte de equipamentos como arma e algemas.
Conluio
A medida foi determinada pelo conselheiro Artagão de Mattos Leão, que acatou representação da da empresa MD Comércio de Materiais de Segurança contra o pregão eletrônico. Segundo a representação, a empresa Plural Marketing & Negócios Ltda, vencedora da licitação, teria como objeto social principal a prestação de serviços gráficos, atividade distinta do serviço licitado; sua sede é uma casa residencial; e seus sócios têm relação de parentesco com os da empresa Fênix Mkt & Negócios, que teria atuado em conluio com a licitante vencedora.
Déficit
O TCE também considerou irregulares as contas de 2015 da prefeitura de Jardim Olinda (Noroeste). Na decisão original, o balanço havia sido considerado regular com o apontamento de uma ressalva, referente ao déficit atuarial previdenciário.