Desconfortável

Ivan Santos com colaboração dos editores do Bem Paraná

Franklin de Freitas

A governadora e candidata à reeleição, Cida Borghetti (PP), afirmou ontem que o ex-governador Beto Richa (PSDB), preso ontem na operação “Rádio Patrulha”, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), não deve continuar como candidato ao Senado de sua chapa. Em entrevista à RPC TV, Cida disse que a questão já está sendo discutida pela coligação. “Eu acho que não é possível”, afirmou. “Não é confortável”, alegou. 

Conhecimento
Cida garantiu que como vice de Richa até abril deste ano, nunca teve conhecimento das acusações que pesam contra o ex-governador, investigado sobre um esquema de desvio de recursos e lavagem de dinheiro em obras de estradas rurais no programa “Patrulha do Campo”. “(O programa) era administrado pelo secretário de Agricultura, Norberto Ortigara, coordenador do plano de governo do candidato Ratinho Júnior”, lembrou a governadora. Ela voltou a afirmar que Richa deve “responder por seus atos” e destacou novamente ter criado a divisão de combate à corrupção.

Quadro Negro
O Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) condenou o ex-diretor da Secretaria de Estado da Educação, Maurício Fanini, além de engenheiros da pasta e a empresa MI Construtora a devolver recursos repassados pelo governo para obras de construção dos colégios estaduais Professora Leni Marlene Jacob e Pedro Carli de Guarapuava (região Centro-Sul). Essas obras são alvo da operação Quadro Negro, do Ministério Público, que investiga desvio de recursos da educação. 

Rombo
Segundo o TCE, a MI Construtora foi contratada por R$ 4,3 milhões para construir o colégio Professora Leni Marlene Jacob. Embora as medições que justificaram os pagamentos efetuados em função do contrato indicassem uma execução de 55,62% da obra, a vistoria realizada pela Paraná Edificações apontou, em 10 de julho de 2015, a execução de apenas 22,37% do objeto contratado. Contudo, a construtora recebeu R$ 1.613.871,20 pelos serviços, o que corresponde a 37,4% do valor total do contrato. Assim, R$ 842.384,28 foram pagos irregularmente, sendo R$ 156,4 mil pagos pelo Estado e R$ 685,9 mil pagos pelo governo federal.

Adiantamento
Já no caso do colégio Pedro Carli, a mesma empresa foi contratada por R$ 4,3 milhões. As medições que justificaram os pagamentos efetuados em função do contrato indicavam uma execução de 66,74% da obra, a vistoria apontou a execução de apenas 21,28% do objeto contratado. 
A construtora recebeu R$ 1.706.269,59 pelos serviços, o que corresponde a 38,9% do valor total do contrato. Assim, R$ 812.395,14 foram pagos irregularmente, sendo R$ 78,7 mil pagos pelo Estado do Paraná e R$ 733,7 mil pagos pelo governo federal.

Agressões
Em entrevista à TV Bandeirantes, o candidato do PSD ao governo do Estado, Ratinho Júnior, comentou as críticas que vem recebendo dos adversários. “É natural, neste momento, que os adversários tentem desconstruir a minha imagem. Mas ninguém aguenta mais esse tipo de política maldosa”, disse. Ratinho Jr também condenou as agressões a que outros candidatos tem sido vítimas. “É preciso condenar qualquer tipo de ataque, moral ou físico”, declarou.

Rejeitado
O Tribunal de Contas rejeitou a prestação de contas de 2016 da Câmara de Vereadores de Ourizona (Norte do Estado), sob responsabilidade do então presidente, vereador Alan Fabricio Nasrallah. O motivo foi a ausência de encaminhamento do Balanço Patrimonial emitido pela Contabilidade do  Legislativo municipal e estruturado de acordo com as normas legais.