Jaelson Lucas/ANPr

Fernanda Richa decidiu se antecipar ao movimento interno do PSDB e deixou o partido. Segundo o jornal Folha de São Paulo, a esposa do ex-governador Beto Richa (PSDB) pediu desfiliação da sigla em abril, logo após ela e o marido se tornar rés na Justiça sob a acusação de obstrução da investigação no âmbito da Operação Quadro Negro, do Ministério Público Estadual, que investiga desvio de recursos para a construção e reforma de escolas.

Licença
Entre os tucanos, a expectativa é de que Beto Richa – assim como o deputado federal e ex-candidato do PSDB à presidência da República – peçam licença da sigla para se defenderem das acusações de corrupção que respondem na Justiça. Caso contrário, correm o risco de serem expulsos da legenda. A avaliação da ala do PSDB que apoia a pré-candidatura do governador de São Paulo, João Dória, à sucessão presidencial, considera que a permanência de Richa e Aécio no partido pode atrapalhar o projeto do paulista.

Contaminação
No PSDB paranaense, até agora, o único movimento para evitar a contaminação do partido pelas acusações que pesam sobre o ex-governador foi a saída dele da Executiva Estadual da sigla e a eleição do deputado estadual Paulo Litro para a presidência da legenda no Paraná. Quando questionado sobre a situação de Richa, porém, o novo comando tucano no Estado desconversa.

Identidade
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está se preparando para iniciar a primeira etapa de emissões do Documento Nacional de Identidade (DNI) em novembro. No momento, técnicos do tribunal estão realizando um levantamento para identificar nas diferentes regiões do país localidades que, além do Distrito Federal, já apresentam as condições técnicas necessárias para participar da primeira etapa de emissão do DNI.

Piloto
Segundo o juiz auxiliar da Presidência do TSE Ricardo Fioreze, as localidades que integrarão o projeto piloto do DNI serão definidas em conjunto com o Governo Federal após a conclusão desse mapeamento nacional. Entre os requisitos técnicos necessários estão maior número de cidadãos com biometria já cadastrada pelo TSE e disponibilização de balcões de atendimento para validação da biometria.

Crimes conexos
O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) aprovou, na semana passada, uma resolução que prevê a especialização das 2ª e 3ª Zonas Eleitorais de Curitiba para processar e julgar, no âmbito da Justiça Eleitoral do Estado, os crimes de corrupção, lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos e valores e aqueles praticados por organizações criminosas, bem como os pedidos de colaboração premiada e de cooperação jurídica passiva em matéria penal, conexos com crimes eleitorais. A determinação é uma resposta à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que em julgamento recente, definiu que a competência para processar e julgar crimes comuns conexos a crimes eleitorais é da Justiça Eleitoral.

Demanda
A criação de zonas especializadas considerou o aumento de demanda de trabalho, a complexidade e dificuldade de processamento das investigações que envolvem os crimes em questão. Também levou em conta a recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que trata da especialização de varas criminais para processar e julgar delitos praticados por organizações criminosas.