O ex-senador e pré-candidato ao governo, Osmar Dias (PDT), tem procurado ressaltar, nos últimos dias, as diferenças entre ele e as pré-candidaturas da governadora Cida Borghetti e Ratinho Jr. “O primeiro é que, ao contrário dos dois, eu não fiz parte do governo Beto Richa. Por isso pude ver junto com a população paranaense diversos erros que foram cometidos”, comentou o pedetista. “Eles, talvez por fazerem parte desse governo, não puderam ver ou apontar esses erros”, afirmou.
Extra-oficial
Oficialmente, o deputado Luiz Cláudio Romanelli (PSB) deixou a liderança do governo na Assembleia Legislativa no início de abril, depois que o ex-governador Beto Richa (PSDB) renunciou ao cargo para disputar uma vaga no Senado, e Cida Borghetti (PP) assumiu o comando do Palácio Iguaçu. Em seu lugar, assumiu o deputado Pedro Lupion (DEM). Na prática, porém, Romanelli continua atuando como líder governista, e orientando as votações de interesse do Executivo na Casa.
Desapego
Ontem, mais uma vez, foi o deputado do PSB que comandou o processo de votação do pedido do governo de regime de urgência para o projeto que altera as regras para o repasse de recursos do Estado para os municípios. A proposta vem sendo bombardeada pelos partidos que apoiam a pré-candidatura do deputado estadual Ratinho Júnior (PSD). Ao que tudo indica, Romanelli – que conseguiu a proeza de ser líder dos governos Requião e Beto Richa no Legislativo estadual – não conseguiu “desapegar” da função.
Retorno
O ex-prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), admitiu ontem a possibilidade de voltar a disputar o comando da Capital paranaense. Em entrevista à Gazeta do Povo, Fruet reafirmou que pretende candidatar-se à Câmara Federal, apesar de não descartar totalmente concorrer ao Senado, mas indicou a vontade de tentar retornar à prefeitura. Em 2012, o pedetista tentou a reeleição, mas ficou fora do segundo turno, vencido por Rafael Greca (PMN).
Auditoria
A Justiça Eleitoral divulgou a quantidade de seções que terão algum tipo de auditoria durante as eleições de 2018. No Paraná das 26.861 seções, 32 serão acompanhadas por auditoria. Quatro terão auditoria de votação paralela, que acompanha o funcionamento das urnas eletrônicas sob condições normais de uso. Vinte terão a auditoria com voto impresso e outras oito auditoria em tempo real, que verifica a autenticidade e integridade dos sistemas.
Justiça
O Supremo Tribunal Federal (STF) deve retomar amanhã um tema que há cinco anos motiva fortes divergências na magistratura: a criação de quatro novos Tribunais Regionais Federais em Curitiba, Belo Horizonte, Salvador e Manaus. Os quatro novos tribunais foram criados pela Emenda Constitucional nº 73, de junho de 2013, cuja constitucionalidade foi questionada pela Associação Nacional dos Procuradores Federais (ANPAF). O plenário do STF deverá decidir sobre a validade dessa emenda.
Sorrateira
Uma liminar concedida em julho de 2013, em pleno recesso, pelo então presidente do STF, ministro aposentado Joaquim Barbosa, suspendeu a criação dos novos TRFs. Para a associação, a emenda viola o princípio da separação dos Poderes e deveria ter sido proposta pelo Judiciário. A entidade afirma que houve “vício formal de iniciativa”, pois a emenda “tramitou de forma sorrateira, sem a iniciativa e mesmo sem qualquer participação ou contribuição do Supremo Tribunal Federal ou de outro Tribunal Superior”.