Quase metade, ou 18 dos 38 vereadores de Curitiba disputam as eleições deste ano. Dois querem ser deputados federais – Professora Josete (PT) e Professor Silberto (MDB) – e 16 estaduais. No caso de Josete, que fez 4.432 votos na eleição de 2016 que a reelegeu como única vereadora do PT em Curitiba, a intenção é sair em campanha para somar votos à Câmara Federal. O partido, como a maioria nesta eleição, pensa na cláusula de barreira prevista para 2022 e precisa do máximo de cadeiras possíveis na proporcional. Professor Silberto, com 3.577 votos em 2016, também arrisca uma vaga que demandaria pelos menos 10 vezes mais votos do que já fez.

Deputado mais rico “faliu”
Considerado o “parlamentar mais rico do Brasil” em 2014, com base na declaração de patrimônio que apontava R$ 108,5 milhões em bens, o deputado federal Alfredo Kaefer (PP) teve uma redução de 99% em seu patrimônio declarado. Agora, segundo declaração atual ao Tribunal Regional Eleitoral, o deputado que tenta a reeleição tem  R$ 1,3 milhão. A maior parte, R$ 950 mil, em ações. O segundo maior bem é um apartamento declarado por R$ 150 mil. Em dezembro de 2014 a Justiça decretou a falência do Grupo Diplomata – indústria avícola da qual Kaefer é um dos proprietários. Segundo ele, a falência foi estendida a todas as suas empresas e bens foram interditados, por meio de esbulho possessório. No ano passado, ele conseguiu que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmasse que ele tem o direito de retomar o controle do Grupo Diplomata. Na ocasião, sua dívida com a União era de cerca de R$ 60 milhões. A dívida acumulada pelo Grupo Diplomata passa de R$ 1,6 bilhão, representando, segundo o Ministério Público Federal, a quarta maior falência do país, com mais de 10 mil credores.

“Gleisi Lula”
Presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), a senadora Gleisi Hoffmann confirmou que disputará uma vaga na Câmara dos Deputados, após oito anos de mandato no Senado Federal. O nome de urna no registro de candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) será “Gleisi Lula”. Desde abril, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi preso em Curitiba, parlamentares petistas, tanto no Senado quanto na Câmara, passaram a utilizar o sobrenome “Lula”, em apoio a ele. Gleisi foi a mais votada no Paraná em 2010 entre os candidatos ao Senado. Naquele ano, pertencia a uma coligação formada por seis legendas (PT, PDT, PMDB, PSC, PR e PCdoB). Neste ano, os candidatos do PT não fizeram alianças. De acordo com interlocutores no PT, Gleisi lançou-se à Câmara Federal para que outros correligionários sejam beneficiados com a votação de Gleisi, com base no quoeficiente eleitoral, e assim tentar manter uma bancada relevante em Brasília.