
Por falta de quórum, o Conselho de Ética da Câmara Federal cancelou pela segunda vez consecutiva, a discussão sobre o processo de cassação do deputado federal do Paraná, Nelson Meurer (PP). O parlamentar foi condenado na Operação Lava Jato, em maio deste ano, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a 13 anos de prisão em regime fechado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele é acusado de ter recebido propina de R$ 29 milhões no esquema de corrupção da Petrobras. O relator é o deputado Mauro Lopes (MDB-MG), que também não apareceu na sessão de ontem.
Vetos
A governadora e candidata à reeleição Cida Borghetti (PP) criticou, em nota, a derrubada dos vetos ao reajuste salarial de 2,76% dos servidores do Tribunal de Justiça, Assembleia Legislativa, Ministério Público, Tribunal de Contas e Defensoria Pública, aprovada na segunda-feira pelos deputados estaduais por mais de 40 votos. Com a decisão, Cida tem 48 horas a partir de ontem, para promulgar os aumentos. Caso contrário, eles devem retornar à Assembleia para serem promulgados pelo presidente da Casa, Ademar Traiano (PSDB).
Isonomia
"Respeito a autonomia dos parlamentares, mas entendo que a atual conjuntura – econômica e fiscal – exige ainda mais responsabilidade com a gestão do dinheiro público", afirma Cida na nota divulgada após a decisão dos deputados. "Defendo a isonomia entre todas as instituições estaduais porque a fonte dos recursos que sustenta a estrutura pública é a mesma: o imposto do contribuinte", aponta a governadora. "A derrubada dos vetos, que permite reajustes de 2,76% ao Judiciário, Legislativo, Ministério Público Estadual e Defensoria Pública, coloca em risco avanços e compromissos assumidos pelo Estado, além de ampliar o desequilíbrio salarial já existente entre os diversos quadros do serviço público do Paraná", disse Cida.
Quadro Negro
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, determinou a transferência para o primeiro grau da Justiça Federal do Paraná do inquérito referente à operação Quadro Negro, que investiga desvio de recursos de obras em escolas. A informação é da RPC. O inquérito tem como base a delação do dono da construtura Valor, Eduardo Lopes de Souza, que alega que o dinheiro desviado teria sido repassado ao caixa dois de campanha de políticos do Estado.
Foro
Entre os citados pelo delator está o deputado federal e ex-chefe da Casa Civil do governo Beto Richa, Valdir Rossoni (PSDB), que possui foro privilegiado e por isso, respondia ao inquérito no STF em Brasília. Segundo o dono da Valor, parte do dinheiro desviado das obras teria sido repassada a Rossoni, que nega as acusações.
Transferência
Em maio, o STF mudou o entendimento sobre o foro privilegiado, decidindo que só tramitaria na Corte os processos relativos a supostos crimes praticados durante o mandato do parlamentar. Como as acusações contra Rossoni envolvem contratos entre 2010 e 2014, quando ele ainda não era deputado federal, o processo foi transferido para o primeiro grau da Justiça Federal no Paraná.
Segurança
O candidato ao governo e deputado estadual Ratinho Junior (PSD), participou de encontro com moradores do Tatuquara em que detalhou algumas propostas para a segurança, que segundo ele, é uma das maiores preocupações dos moradores da região. “Conversando com muitos pais e professores, a reclamação é a falta de segurança nas escolas, com traficantes vendendo drogas na porta da escola. Pretendemos inibir essas ações”, disse.