
A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) aprovou, ontem, a proibição, sob pena de multa, do uso de produtos químicos inflamáveis, combustíveis e controlados para serviços de impermeabilização ou blindagem em recintos total ou parcialmente fechados, públicos ou privados. De iniciativa do vereador Colpani (PSB), o projeto foi acatado em primeiro turno unânime, com 32 votos favorávei. . Se confirmada em segunda votação, prevista para hoje e sancionada pelo prefeito, a regulamentação receberá o nome de Lei Mateus Henrique Lamb, em homenagem ao menino de 11 anos morto após a explosão em apartamento no Água Verde, no final de junho. “O nome do projeto foi alterado [no substitutivo] em homenagem ao estudante Mateus Henrique Lamb, de apenas 11 anos. Ele não morava lá, tinha ido dormir no apartamento da irmã [ferida no incidente, assim como o marido e o técnico de impermeabilização]. Estava dormindo no quarto ao lado”, afirmou Colpani. “Não é fácil perder um filho, ainda mais com essa idade. Isso não pode ficar impune. Perdemos uma vida, uma criança de 11 anos”, completou o autor. Na semana passada, a Polícia Civil concluiu o inquérito do caso e indiciou três pessoas – os donos da empresa e o técnico responsável pelo serviço.
Gestor de empréstimos
O edital para contratação de empresa que fará a gestão de consignados na folha de pagamentos dos servidores estaduais foi relançado ontem pela Secretaria de Estado da Administração. O pregão presencial está marcado para 13 de setembro, às 10 horas. O lance mínimo para a concorrência é de R$ 1.789.210,16. O contrato com a empresa vencedora terá vigência de 12 meses. O edital anterior trazia lance mínimo no valor de R$ 8.946.050,80 para uma vigência de 60 meses. O certame foi retomado após ter sido suspenso em 25 de julho. A Controladoria Geral do Estado fez uma revisão no termo de referência da licitação. Entre as principais mudanças incluídas no processo está a inserção de exigências à empresa vencedora para que observe a Lei Geral de Proteção de Dados, que entrará completamente em vigor no ano que vem. A preocupação é garantir a proteção dos dados dos servidores estaduais.
Consignados suspensos
Enquanto a empresa gerenciadora de consignados não é contratada estão suspensos novos consignados em folha de pagamento dos servidores estaduais. Todo o processamento dos consignados já implantados em folha está sendo feito de forma manual pelas unidades de recursos humanos. Atualmente existem cerca de 200 consignatários cadastrados junto ao governo do Paraná, como instituições financeiras a instituições de ensino e de saúde, entre outras.
Moro fica
Entre as perguntas feitas pelo Instituto Paraná Pesquisas a 2.286 brasileiros na última semana a respeito do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, a principal delas era se Moro “deveria deixar o ministério”. Desde que assumiu o posto com suposta “carta branca” para atuar contra a corrupção e o crime organizado, Moro tem sido frequentemente desautorizado (e até alvo de críticas veladas) pelo presidente Jair Bolsonaro, a ponto de os analistas considerarem inevitável um pedido de demissão. A maioria dos entrevistados, no entanto, não compartilha com esta opinião: quase 59% deles afirmam que Moro deve continuar no cargo e 34,3% opinam o contrário. Também formam maioria (52%) os brasileiros que acham que Sergio Moro não deve se candidatar a presidente da República em 2020, mas quase 40% são a favor.
A Pública
A Agência Pública é a nova parceria do The Intercept Brasil na série VazaJato. Em primeira reportagem, A Pública aponta que o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato no Paraná, negociou com empresária ligada a Eike Batista e ao banqueiro André Esteves, fundador do BTG Pactual – dois alvos da força-tarefa. Segundo apontam mensagens de Dallagnol no Telegram, vazadas ao Intercept, o procurador captou investimentos de grandes empresários para financiar o Instituto Mude – Chega de Corrupção, criado para promover, além da própria operação, as dez medidas de combate à corrupção e suas opiniões políticas. Mensagens trocadas entre o procurador e membros do Instituto Mude revelam que ele se reuniu com empresários, às vezes a portas fechadas, na sede da Procuradoria, para arrecadar verbas para a entidade. Uma empresária que foi “investidora anjo” da organização: a advogada Patrícia Tendrich Pires Coelho seria depois investigada pela Lava Jato, mas não foi denunciada pela operação.