Na Assembleia Legislativa, é crescente a insatisfação dos deputados com o sistema remoto de votação. Ontem, por exemplo, vários parlamentares reclamaram que seus votos não foram computados pelo aplicativo na discussão de um requerimento que pedia o adiamento de um projeto do Tribunal de Justiça que trata da escola de servidores do Judiciário. “Nós precisamos voltar ao sistema antigo em que as comissões funcionam, é possível pedir vistas. Esse episódio não faz bem para a Assembleia. Se o deputado Estacho pudesse ter votado, nós teríamos vencido a votação”, apontou o deputado Homero Marchese (PROS), autor do pedido. Parlamentares pediram que a votação fosse repetida.
Sistema
O presidente da Assembleia, Ademar Traiano (PSDB) não aceitou os pedidos. “Não há falha alguma no nosso processo de votação”, alegou o tucano, argumentando que o processo de votação já havia sido concluído. Traiano também reclamou do deputado Requião Filho (MDB), que igualmente vem contestando o sistema de votação remoto. “Sistema tem funcionado muito bem”, defendeu o primeiro-secretário da Assembleia, Luiz Cláudio Romanelli (PSB).
Projeção
Em videoconferência com representantes do o grupo YPO (Young Presidents Organization), o governador Ratinho Júnior (PSD) reafirmou, ontem, que prevê uma retomada mais forte da atividade econômica no Estado a partir de agosto depois do pico da Covid-19. Ele lembrou que
o Paraná não instituiu quarentena e que manteve a indústria e o agronegócio entre as atividades essenciais, com reflexos positivos na economia. O YOP está presente em 130 países e conta com 27 mil membros, com faturamento anual de US$ 9 bilhões. No Paraná são 62 empresários que empregam 19 mil pessoas.
Prudência
“A pandemia gerou novas perspectivas em todo o mundo. É um cenário preocupante, estamos trabalhando com cautela. Mas o Paraná tem conseguido fazer um bom planejamento e está passando por esse momento de forma organizada”, disse o governador. “Estamos prudentes porque o vírus se propaga de forma muito rápida, mas a nossa indústria não parou, o setor de alimentos também não e os portos trabalharam full time”, afirmou.
Militares
O deputado federal paranaense Rubens Bueno (Cidadania), anunciou ontem que vai enviar aos ministros da Economia, Paulo Guedes, da Cidadania, Onyx Lorenzoni, e da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, requerimento de informações cobrando detalhes sobre o cadastramento e recebimento por quase 190 mil militares da ativa do auxílio emergencial de R$ 600. De acordo com informações da imprensa, o “coronavoucher” foi pago para 189.695 militares da ativa, totalizando uma despesa irregular de R$ 113.816.990,00.
Estrutura
Entre as questões a serem levantadas, o deputado quer saber de onde, como e quando foram feitos os cadastros. Se foram feitos de equipamentos particulares dos militares ou por meio da estrutura dos quartéis. “Esse é um dos pontos que queremos levantar para saber se havia alguma estrutura montada dentro das unidades militares para fazer esse tipo de procedimento, o que representaria, sem dúvida, uma organização criminosa capitaneada por parte de alguns que não respeitam a farda”, disse Bueno.