A campanha eleitoral mal começou em Curitiba, mas apesar da aparência externa de calmaria, nos bastidores, a troca de acusações e denúncias é intensa. Nos últimos dias, por exemplo, o candidato do Novo à prefeitura, João Guilherme, foi alvo de acusações anônimas segundo as quais, enquanto propagandeia que seu partido não usa recursos públicos na campanha, uma empresa da qual ele seria sócio teria contato com a administração municipal para prestação de serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Contra-ataque
João Guilherme contra-atacou afirmando que a empresa participou de um edital da Secretaria Municipal da Saúdepara atendimento de oftalmologia pelo SUS para a população das dez regionais de Curitiba, “atendendo todos os trâmites do processo público de concorrência”. Segundo ele, “o valor do contrato, assinado em dezembro do ano passado, prevê consulta, exames e procedimentos cirúrgicos, em uma previsão de pagamento mensal de R$ 495 mil mensal, por 12 meses de contrato, em valores de procedimentos definidos pela tabela SUS. A consulta, por exemplo, tem um repasse de R$ 11 para o médico. E o “valor médio dos procedimentos é de R$ 80, sendo uma das cirurgias com valor próximo a R$ 3 mil, realizada quando necessária”, disse o candidato, atribuindo a denúncia aos “políticos de carreira, que pouco sabem da realidade da população que utiliza o serviço público de saúde”.
Sabatina
A Associação Comercial do Paraná (ACP) inicia amanhã uma série de sabatinas com candidatos à prefeitura de Curitiba. Dos 16 postulantes, 12 aceitaram o convite para apresentar e debater suas propostas de gestão da cidade nos próximos quatro anos. Participarão como apoiadores o Movimento Pró Paraná, Instituto de Engenharia do Paraná, Instituto Democracia e Liberdade, Sindicato das Agências de Propaganda e Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação.
Plano de governo
A ACP é uma entidade apartidária e independente e tradicionalmente recebe candidatos como contribuição ao debate público. Os candidatos receberão um documento com proposta e sugestões para inclusão em seus planos de governo.
Mulheres
O PDT do candidato a prefeito Goura e da vice Ana Moro pretende recriar recriar a Secretaria Municipal Extraordinária de Políticas Públicas para as Mulheres, implantada pelo ex-prefeito Gustavo Fruet (PDT), em 2013, e que foi extinta pela atual gestão de Rafael Greca (DEM), segundo o partido, “sem nenhuma justificativa”.
Comitês
A legenda lembra que as mulheres são mais de 52% da população de Curitiba e 53,8% do eleitorado, segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE/PR). A recriação da secretaria, segundo a vice de Goura, não trará mais gastos à prefeitura, porque vai trabalhar com o quadro de servidores e vai estabelecer parcerias com todas as secretarias e outros órgãos, internos e externos. “É uma proposta inovadora, que prevê a instalação de fóruns e comitês para ouvir as mulheres, para saber o que elas precisam para melhorar o bairro, a área da saúde, a escola dos filhos e filhas, para desburocratizar os serviços, para empreender, buscar emprego e renda”, afirma Ana Moro.