Marcelo Camargo/Agência Brasil

O deputado federal Major Vitor Hugo (PSL-GO) afirmou que vai deixar a liderança do governo Jair Bolsonaro na Câmara. Ele será substituído pelo ex-ministro da Saúde, deputado federal paranaense Ricardo Barros (PP), que integra o Centrão, grupo de partidos do qual o Palácio do Planalto se aproximou nos últimos meses. O líder afirmou que foi comunicado pelo presidente na semana passada. A troca será oficializada na próxima terça-feira.

Confiança
Ontem, Barros já participou de uma reunião com ministros e líderes no Palácio do Planalto. “Agradeço ao presidente Jair Bolsonaro pela confiança do convite para assumir a liderança do governo na Câmara dos Deputados com a responsabilidade de continuar o bom trabalho do Líder Vitor Hugo, de quem certamente terei colaboração. Deus me ilumine nesta missão”, escreveu Barros no twitter.

Desprezo
O deputado federal e pré-candidato a prefeito de Curitiba, Ney Leprevost (PSD), criticou duramente o prefeito Rafael Greca (DEM), que encaminhou à Câmara Municipal um projeto para prorrogar até o final do ano o socorro financeiro às empresas de ônibus da Capital criado em maio. Leprevost afirma que enquanto gasta para socorrer às empresas de ônibus, o prefeito nada fez para ajudar pequenas e microempresas que ameaçam fechar as portas por causa das restrições à atividade econômica determinadas pela prefeitura com o fechamento do comércio por causa da pandemia. “Creio que essa iniciativa escancara o desprezo do prefeito Rafael Greca pelos pequenos empreendedores, microempresários e comerciantes de Curitiba que estão passando uma situação dramática devido ao fechamento precipitado e extemporâneo do comércio, que aconteceu antes do momento necessário”, diz o deputado.

Vergonha
Para Leprevost, a proposta “mostra que o único objetivo do prefeito é realmente beneficiar aqueles grandes empresários da cidade que tradicionalmente estiveram ao lado dele em todas as campanhas eleitorais”. Segundo ele, a prioridade da prefeitura seria apoiar as pequenas e microempresas, evitando a explosão do desemprego na cidade. “É uma pena que isso esteja ocorrendo. A crítica não é às empresas. Mas acredito que esse valor todo deveria ser destinado para salvar os empregos dos curitibanos e evitar a quebra de pequenas empresas, de comércios, etc. Considero vergonhosa essa atitude do prefeito Rafael Greca”, aponta o parlamentar.

Calamidade
Os deputados estaduais aprovaram ontem projeto de decreto legislativo 23/2020 que declara o estado de calamidade pública para as cidades de Doutor Camargo e Ipiranga. Com isso, o Paraná tem 326 dos 399 municípios do Estado em situação de emergência em virtude dos efeitos econômicos causados pela pandemia do coronavírus.

Taxa Alta
A 2ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba determinou liminarmente a suspensão de um contrato de uma empresa com o Departamento de Trânsito do Paraná (Detran). A decisão atende pedido formulado pelo Ministério Público do Paraná. De acordo com a ação, a empresa foi favorecida em procedimento de credenciamento com evidências de fraude. No curso das investigações, realizadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na Operação Taxa Alta, que contou com interceptação telefônica, quebra de dados telemáticos e cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão, foram coletadas provas do cometimento de “diversos ilícitos com vistas a conferir vantagens econômicas em benefício da referida sociedade empresária no procedimento de credenciamento”.