Mandantes

Redação Bem Paraná

Antonio Cruz/Agência Brasil

O deputado federal Rubens Bueno (Cidadania) afirmou ontem que a operação da Polícia Federal que culminou na prisão de quatro suspeitos de serem os responsáveis por hackear os celulares de integrantes da Operação Lava Jato e do ministro da Justiça, Sérgio Moro precisa desvendar se há mandantes por trás dos crimes e se houve pagamento pelas informações pessoais roubadas. “A identificação de toda essa rede, de possíveis mandantes e financiadores do crime é fundamental para que possamos entender com clareza os objetivos por trás dessa série de delitos que causaram grande instabilidade política e desnudaram a fragilidade do sistema de proteção de aplicativos de troca de mensagens. Certamente essa não é uma organização que atua ao acaso. Está claro que existe aí uma cadeia de comando”, avaliou o parlamentar.

Ambição
O governador Ratinho Júnior (PSD) saiu pela tangente ao ser questionado se tem o desejo de disputar a Presidência da República no futuro. “Eu confesso que meu sonho eu realizei como homem público que é governar o Estado”, afirmou ele. Ratinho Jr admitiu que para qualquer um seria uma honra ocupar o cargo máximo do País, mas desconversou. “A vida que tem que me dizer quais os próximos passos. Não tenho essa ambição”, disse.

Busca e apreensão
O Ministério Público estadual deflagrou ontem, em Quarto Centenário (Centro Ocidental), nova etapa da Operação Container, que investiga fraudes em licitação de coleta e destinação de lixo em diversas cidades paranaenses. Dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos contra o atual secretário da Fazenda do município. Foram feitas buscas na residência do agente público e no seu gabinete, na prefeitura.

Suborno
O secretário é investigado pelo possível recebimento de suborno de empresários ligados ao ramo de coleta e destinação de resíduos sólidos. Os mandados foram autorizados pela Justiça. Somados, os contratos da prefeitura com a empresa, que são objeto da investigação, passam de R$ 500 mil.

Devolução
O Ministério Público Federal (MPF), por meio da força-tarefa Lava Jato em Curitiba, realizou ontem, a devolução de R$ 424.952.537,74 aos cofres da Petrobras, referentes a acordos de leniência com empresas no âmbito da operação, além da repatriação de valores decorrentes de renúncias voluntárias de três réus já condenados. Os valores já foram depositados diretamente para a estatal.

Leniência
Do total devolvido nesta quinta-feira, R$ 313.079.412, 83 fazem parte de uma parcela do acordo de leniência do Grupo Technip; R$ 44.821.429,39 referem-se ao acordo de leniência da Camargo Corrêa e R$ 67.051.695,52 são provenientes das renúncias voluntárias. Com mais esta devolução, o total de valores efetivamente devolvidos para a Petrobras no âmbito da Lava Jato atinge a quantia de R$ 3.023.990.764,92.

Balanço
Até o momento já foram oferecidas pela força-tarefa Lava Jato em Curitiba, 101 acusações criminais contra 445 pessoas, sendo que já foram proferidas sentenças em 50 processos, condenando 159 réus a um total de 2.249 anos, 4 meses e 25 dias de pena. Já foram deflagradas 61 fases da operação somente na atuação em Curitiba, com o cumprimento de 1.237 mandados de busca e apreensão, 227 mandados de condução coercitiva, 161 mandados de prisão preventiva e 155 mandados de prisão temporária. Por meio de acordos, a operação já garantiu o retorno de aproximadamente R$ 14 bilhões aos cofres públicos, que devem ser pagos ao longo dos próximos anos.