Menos impostos, diz Ratinho Jr

Redação Bem Paraná

O pré-candidato ao governo do Paraná Ratinho Junior (PSD), na esteira da crise envolve a greve dos caminhoneiros, afirmou nesse domingo que “o Estado não pode continuar aumentando impostos”. Para o deputado estadual, a crise é o “preço alto da incompetência”. “A greve dos caminhoneiros é a confirmação de que esse modelo de gestão pública está falido. A população não aguenta mais pagar o preço alto da incompetência, da falta de planejamento. O estado não pode continuar aumentando os impostos como se essa fosse a única solução. Temos que romper com esse modelo definitivamente”, disse.

Osmar aguarda
Após oito dias do início da greve dos caminhoneiros, o ex-senador Osmar Dias (PDT), pré-candidato ao governo do Paraná, disse neste domingo (27) que ainda prefere não se pronunciar sobre a participação do governo Cida Borghetti (PP) nas negociações com a categoria no Estado. “Ele prefere aguardar”, informou a assessoria. Osmar deve se pronunciar somente nesta segunda-feira (28). Ele pretende esperar algum resultado das negociações feitas entre o governo estadual,  representantes do setor produtivo (Fiep e Ocepar), secretarias de Governo, Defesa Civil, Polícia Civil e Polícia Rodoviária Estadual e Federal, que ocorreu no domingo à tarde. “Eles têm razão. Não dá mais para suportar mais o preço absurdo do álcool, da gasolina e, principalmente, do óleo diesel, que é o que movimenta as riquezas pelo país”, disse o pedetista, que defendeu a redução pela metade dos impostos sobre os combustíveis como forma de debelar a paralisação”, disse Osmar após cancelar agenda de pré-campanha que tinha no Oeste do Paraná no fim de semana. A agenda foi cancelada por receio de que pudesse ficar sem combustível. 

Fake news
Seis notas fiscais pagas pelo gabinete do deputado federal Fernando Francischini (PSL-PR), publicadas pelo portal UOL, apontam que o parlamentar destinou R$ 24 mil de sua cota parlamentar, no período entre dezembro do ano passado e abril deste ano, para uma empresa em nome de um casal que administra uma rede de sites apontados como veículos que propagam “fake news”. As notas aparecem no Portal de Transparência e foram emitidas pela empresa Novo Brasil Empreendimentos Digitais para “divulgação da atividade parlamentar”. Foram pagos R$ 4 mil mensais entre dezembro e março, e outros dois pagamentos no mesmo valor foram realizados em abril. A empresa tem como sócios registrados a advogada Thais Raposo Chaves e seu marido, Ernani Fernandes. Ernani também aparece como responsável pelo domínio do site de conteúdo político engajado Folha Política (que não tem nenhuma relação com o Grupo Folha). Desde dezembro, a Folha Política publicou em suas páginas diversos textos em que cita o deputado Francischini. Eles têm títulos como “Delegado Francischini fala ‘na lata’ o que pensa de Lula” ou “Delegado e Bolsonaro apresentam projeto de lei para acabar com privilégios para ex-presidentes”.

Afinidade 
Questionada sobre as notas fiscais, a assessoria de Francischini, que é pré-candidato ao Senado pelo PSL do Paraná, disse que Ernani Fernandes “presta consultoria em redes sociais e edita alguns vídeos para publicação” nos perfis do deputado e que os pagamentos não têm nenhuma relação com os sites da rede administrada pelo casal. Segundo a assessoria do deputado, Ernani foi indicado para prestar serviços ao parlamentar por “uma questão de afinidade de conteúdo” em temas como combate à corrupção, oposição ao PT e apoio à Operação Lava Jato.

Pesquisa impugnada 
Uma decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná que suspende a divulgação do resultado de recente pesquisa de intenção de votos realizada pelo Instituto Radar Inteligência reconhece irregularidades que também haviam sido apontadas pelo PDT em relação à consulta. A suspensão foi determinada no sábado (26), em decisão que acolhe um pedido de liminar apresentado pelo PP, em recurso contra uma decisão de primeira instância, agora derrubada pelo TRE. Embora o resultado da pesquisa já tenha sido publicado, a Radar Inteligência agora fica impedida de seguir divulgando a pesquisa até o julgamento do mérito da impugnação.

De acordo com o relator  do processo, Jean Leeck, no registro  da pesquisa, o instituto apresentou informações dúbias quanto à fonte que critérios adotados nas pesquisas eleitorais sejam absolutamente transparentes, estreitando eventuais.

Inês é morta 
A proibição foi determinada 24 horas depois que a pesquisa havia sido amplamente divulgada, mesmo com ações movidas por diversos partidos pela impugnação. O pré-candidato ao governo Ratinho Junior (PSD) já havia se colocado à disposição para entrevistas e o PDT, cujo pré-candidato Osmar Dias ao Palácio Iguaçu, aparecia também em destaque, se manifestou pela impugnação. “Entendemos que a forma como se apresenta a pesquisa trará números distorcidos, não condizentes com a realidade, podendo beneficiar algum pré-candidato”, afirma Adalberto Grein, secretário-geral do PDT do Paraná.