A estudante Ana Júlia Ribeiro, integrante do “Ocupa Paraná”, que em 2016 protagonizou um discurso na Assembleia Legislativa acusando os deputados de terem “sangue nas mãos” em razão da repressão ao movimento, é pré-candidata à Câmara Municipal de Curitiba pelo PT. Em outubro de 2016, Ana Júlia, então a aluna do colégio Manoel Alencar Guimarães, acusou os deputados de terem sangue nas mãos por nunca terem se importado com os problemas do ensino público e a violência no ambiente escolar, antes do episódio da morte do adolescente Lucas Mota, de 16 anos, em uma escola ocupada em Santa Felicidade, Curitiba.
Reforma
Na época, escolas públicas de todo o País, inclusive do Paraná, foram ocupadas por estudantes em protesto contra a reforma do Ensino Médio proposta pelo governo do então presidente Michel Temer (MDB). Na ocasião, Ana Júlia tinha 16 anos. Atualmente ela é graduanda em Direito e Filosofia, trabalha no Instituto Declatra e coordena a Iniciativa Cada Criança, liderada gpelo ganhador do Nobel da Paz, Kailash Sathyarthi. Na próxima sexta-feira (13), a estudante irá reunir apoiadores, familiares e amigos no lançamento do movimento “Ocupar a Política”. A ideia é incentivar a renovação da política.
Homenagem
Os vereadores de Curitiba aprovaram ontem, em primeira discussão, que um jardim da cidade receba o nome de Magó, a bailarina que foi morta em Mandaguari (região Norte). A aprovação foi unânime, e o 2º turno deve ser realizado hoje. O jardim fica na esquina da Avenida Frederico Lambertucci com a Rua Maria Quitéria, no bairro Fazendinha. Bailarina, produtora de dança e de teatro, Maria da Glória Poltronieri Borges, foi estrangulada e estuprada em uma cachoeira, no dia 25 de janeiro. O corpo dela foi encontrado pela família e tinha sinais de violência sexual. Ele estava perto de uma cachoeira, na zona rural de Mandaguari. O suspeito do crime, Flavio Campana, foi preso no dia 28 de fevereiro, em Apucarana, outro município do norte.
Feminicídio
“É uma homenagem simbólica à Magó, mas sobretudo é uma forma da gente continuar enfrentando a violência covarde, desumana, contra todas as mulheres”, justificou a vereadora Maria Leticia (PV), autora da proposta. “Estamos vivendo uma crise ímpar do crime contra a mulher.” O jardinete, avaliou, poderá ser “símbolo de luta e resistência”. “Como médica legista há mais de 20 anos, foi um crime de feminicídio, logo no início da carreira, que marcou minha trajetória e me fez querer lutar pelos direitos das mulheres”, disse a vereadora.
Videomonitoramento
A Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa aprovou ontem parecer favorável ao projeto do governo que estabelece o videomonitoramento de obras públicas. Também foi aprovada a proposta do Executivo que propõe a renegociação de dívidas dos mutuários da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) e a que estabelece a prorrogação do programa de regularização fundiária Morar Legal.
Fiscalização
No caso do primeiro projeto, a ideia é assegurar o videomonitoramento de obras com recursos do Estado, para permitir que ao cidadão acompanhar e fiscalizar as obras públicas, evitando prejuízos aos cofres públicos. Qualquer pessoa com acesso à internet poderá verificar, em tempo real, a execução dos empreendimentos, diz o governo. a quantidade de câmeras deve ser indicada “no projeto básico que integra o edital de licitação” e as despesas “de aquisição, instalação e manutenção das câmeras ficarão a cargo da contratada”.