O deputado estadual Requião Filho (MDB) disse ontem que encaminhou há mais de um mês um pedido de informações ao Chefe da Casa Civil, Guto Silva, questionando se houve participação do Governo do Estado no acordo de leniência firmado entre a Rodonorte e a Operação Lava Jato. Mas até o momento, segundo ele, não houve resposta. Já o Ministério Público Federal respondeu, negando a necessidade do Estado na participação do acordo, ressalvando que todos os interesses do ente público foram preservados. De acordo com o parlamentar, os procuradores da Lava Jato afirmam que o governo pode adotar qualquer ação ou providência para buscar o ressarcimento integral junto às empresas de pedágio.
Interesse
Para Requião Filho, isso significa que depende do interesse do Executivo exigir um ressarcimento pelas perdas, junto aos contratos de pedágio não cumpridos pelas empresas licitadas. “Se as concessionárias não realizaram as obras prometidas ao longo destes vinte anos, é um dever do Estado tomar uma providência”, cobrou. O MPF ainda afirma que o repasse do ISS às prefeituras será preservado, mesmo com esta redução de 30% aplicada judicialmente nas tarifas de pedágio ao usuário, em algumas praças, como compensação pelos atos de corrupção praticados.
Retorno
O presidente Jair Bolsonaro virá ao Paraná novamente nesta semana. Ele vem para a inauguração da Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu, localizada em Capanema, no Sudoeste do Paraná, na próxima quinta-feira. A Usina está instalada no trecho final do rio Iguaçu, entre os municípios de Capanema e Capitão Leônidas Marques e recebeu R$ 2,4 bilhões em investimentos. Com 350 megawatts (MW) de potência instalada, essa hidrelétrica pode produzir energia suficiente para atender mais de um milhão de pessoas. A Copel detém 30% de participação na Usina Baixo Iguaçu.
Protestos
No último dia 10, Bolsonaro esteve em Curitiba com o ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro para a cerimônia de assinatura do contrato de cooperação técnica com o governo federal para o funcionamento do Centro Integrado de Inteligência de Segurança Pública da Região Sul (CIISP-Sul). Na ocasião, enfrentou protestos por causa do corte de verbas para universidades federais.
Mobilização
O deputado federal Paulo Martins (PSC) defendeu a mobilização da população em apoio à proposta de reforma da Previdência do governo Bolsonaro. “A necessidade da reforma tem que ecoar nas ruas”, disse.
Dinheiro
Martins entende que, depois das manifestações contra os cortes de verbas para as universidades, que ele classifica como Uuma marcha de sindicatos e da esquerda pelo movimento Lula Livre”, o cidadão comum precisa participar das manifestações marcadas para o próximo domingo. “Defender a reforma da Previdência não é um ato ideológico. É um ato de responsabilidade”. E continuou: “Sem a reforma, não há orçamento para quase nada. A única política pública que restará é a impressão de dinheiro”.
Paralisia
O reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Ricardo Marcelo Fonseca, reafirmou ontem na Assembleia que se os cortes de verbas não forem revertidos, as universidades terão seu funcionamento inviabilizado a partir de agosto. “As verbas que foram cortadas são para manutenção, água, luz, limpeza e vigilância. Não há instituição que funcione sem isso”, alegou.