Eleitores curitibanos receberam ligações de uma pesquisa de origem não identificada que questiona se eles tem conhecimento de alguma denúncia de corrupção contra o prefeito Rafael Greca (DEM). A mesma pesquisa pergunta se, em caso positivo, o eleitor votaria em Greca assim mesmo, ou preferiria votar em um “candidato ficha limpa”.
Antipichação
Começou nesta semana (20) a nova fase do programa de revitalização da Câmara Municipal de Curitiba, com o início da pintura do Anexo 3, que reúne a maior parte dos setores administrativos do Legislativo. Trata-se do terreno em frente ao Palácio Rio Branco, entre a Travessa da Lapa e a rua Barão do Rio Branco, ladeado pela avenida Visconde de Guarapuava. Os muros externos receberão tinta especial, do tipo antipichação, que facilita a retirada das marcas de spray. “É um patrimônio público, tem que cuidar. E a tinta antipichação é uma inovação da gestão, que alonga o custo-benefício da obra”, comenta o diretor-geral da CMC, Daniel Dallagnol.
Ambiente
Além do aspecto externo, diz o diretor-geral, melhora-se o ambiente laboral, pois nos prédios do Anexo 3 fica a maioria dos setores administrativos do Legislativo, ligados ao Departamento de Administração e Finanças. “A pintura é o começo, já que o Anexo 3 está descuidado há muito tempo. Faremos outras intervenções na sequência”, completa Dallagnol.
Bloqueio
A Justiça determinou o bloqueio de bens em R$ 22.478,82 do ex-prefeito de Almirante Tamandaré (região metropolitana de Curitiba), Aldinei Siqueira (PSD). O pedido foi feito em ação do Ministério Público por ato de improbidade com enriquecimento ilícito que tem também como denunciados, além do ex-prefeito, os ex-secretários de Fazenda, de Administração e de Assuntos Estratégicos, um empresário e uma empresa – todos com os bens igualmente bloqueados solidariamente no montante indicado.
Fachada
De acordo com a ação, os acusados envolveram-se em desvio de recursos públicos mediante o pagamento de R$ 7.279,85 sem procedimento formal de dispensa de licitação e para uma empresa “de fachada”, resultando em enriquecimento ilícito de um dos requeridos, ex-secretário. O então agente público chegou a ser preso na Operação Via Fácil, deflagrada em 2015 pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) para investigar recebimento de propina. Estão em curso outros seis processos envolvendo ilícitos apurados a partir da Operação Via Fácil.
Casa de Papel
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e o Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria), do Ministério Público do Paraná, deflagaram ontem, a Operação Casa de Papel, com o cumprimento de sete mandados de busca e apreensão, sendo três em endereços de empresas em Curitiba e quatro em residências na capital, em Apucarana (Norte-Central do estado) e em São José dos Pinhais (na Região Metropolitana de Curitiba). Além das buscas, foi determinada pelo Juízo da Vara Criminal de Astorga medida restritiva de suspensão de renovação de contratação com o poder público dos empresários investigados e empresas relacionadas a eles.
Fraudes
O núcleo de Londrina do Gepatria apura crimes de fraude ao caráter competitivo de licitação, falsificação ideológica e associação criminosa envolvendo um grupo de quatro empresários relacionados entre si e detentores de três empresas, além de servidores públicos que estariam estabelecendo cláusulas restritivas nas licitações (visitas técnicas desnecessárias) para favorecimento das empresas envolvidas. De 2013 até 2019, as empresas participaram de licitações de 14 prefeituras (Arapongas, Cambira, Centenário do Sul, Colorado, Faxinal, Iguaraçu, Marilândia do Sul, Pitangueiras, Prado Ferreira, Rolândia, Sabáudia, Santa Inês, Santo Inácio e São Sebastião da Amoreira), de três Câmaras Municipais (Arapongas, Assaí e Astorga) e do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Ivaí e Região.