O líder do Podemos no Senado, Alvaro Dias, reagiu às declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre a relação com o Congresso. Na opinião do parlamentar, o chefe do Planalto quer transferir responsabilidades ao Legislativo, mas tem “preguiça mental” na administração. Bolsonaro acusou o Congresso de trabalhar contra o governo para isolá-lo. “É uma estratégia de transferir responsabilidades para se acobertar diante dos seus fracassos pessoais, da insuficiência das medidas, do vazio de propostas”, disse Alvaro.
Espetáculo
“Sinto uma preguiça mental no presidente. Não vejo ele com disposição para o trabalho administrativo. Tem muita disposição para o espetáculo”, declarou o líder do Podemos, que tem a terceira maior bancada no Senado, com 10 integrantes. “Se convocasse uma mobilização para ir às ruas e pedir ao presidente para assumir o governo, eu iria”, ironizou Alvaro.
Vírus
Presidente nacional do PT, a deputada federal pararanense Gleisi Hoffmann, também criticou a ida de Bolsonaro às manifestações. Segundo ela, na hora da crise e da pandemia, o país precisa de um governo responsável. “Para espalhar o vírus do fascismo, Bolsonaro não se importa em espalhar o coronavírus”, alertou a presidente do PT. Em suas redes sociais, Gleisi chamou as pessoas para “escutar e apoiar os médicos, cientistas, enfermeiros e enfermeiras e profissionais da saúde”. De acordo com ela, “serão eles que estarão conosco na guerra contra o coronavirus”.
Operação Gulon
O núcleo de Cascavel do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público estadual, cumpriu ontem 14 mandados de busca e apreensão nos municípios de Toledo e São Pedro do Iguaçu, que integram a Comarca de Toledo. A ação é parte da Operação Gulon, voltada a coibir ilegalidades em pagamentos de diárias e licitações na Câmara Municipal de São Pedro do Iguaçu (região Oeste).
Arma
A ordens judiciais foram cumpridas na Câmara, inclusive no gabinete do presidente do Legislativo Municipal, Fernando Luiz Frisso (PSC), em seis empresas e uma residência em Toledo e outras cinco em São Pedro do Iguaçu. Houve uma prisão em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. A Operação Gulon foi deflagrada em novembro de 2019. .
Condenado
A Vara da Fazenda Pública de Quedas do Iguaçu (região Centro-Sul), condenou por atos de improbidade administrativa o secretário municipal de Administração, Vitório Revers, atendendo a ação do Ministério Público. Segundo o MP, ele foi condenado à suspensão dos direitos políticos por quatro anos e ao pagamento de multa civil equivalente a 15 vezes o salário recebido pela função pública.
Ofensas
De acordo com a ação, o secretário, que também é diretor-presidente da rádio municipal – veículo integrante da Fundação Cultural da cidade – utilizou-se de um programa radiofônico semanal por ele apresentado, desde o início da gestão, para “veicular ataques e ofensas a servidores públicos, adversários políticos e cidadãos que lhe formulem críticas, bem como para comunicar as ações do atual governo com vinculação direta às pessoas ocupantes de cargos públicos, conduta ofensiva aos princípios administrativos, notadamente o da impessoalidade”.