
Depois de suspensas as negociações entre MDB e PDT para construção de chapa majoritária no Paraná, o senador Roberto Requião, presidente estadual do MDB, passou a fazer provocações contra o ex-senador Osmar Dias, pré-candidato ao governo pelo PDT. Recentemente, Requião já havia aparecido em foto oficial ao lado da governadora Cida Borghetti (PP) e agora passou a insinuar contra Osmar. “PMDB do Paraná pede uma lista de seis nomes como prováveis candidatos ao governo do PDT, para exame”, provocou Requião no Twitter ontem.
Comissão
Os dois partidos já marcaram convenções e dizem que uma aliança depende de considerações do outro. Requião teria interesse em ser o candidato ao Senado na chapa, além de indicar um vice para Osmar. Em troca, o pedetista ficaram com o dobro de tempo de TV. A presença de Requião na campanha de Osmar, no entanto, é considerada preudicial em alguns aspectos, segundo aliados. “Como ele (Requião) criou uma comissão para discutir alianças, eu vou criar uma comissão também para discutir alianças com outros partidos”, disse Osmar ao Bem Paraná.
Convenção
A Comissão Executiva do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) do Paraná marcou sua convenção partidária para o dia 27 de julho, uma sexta-feira. Conforme já pré-definido em conferência estadual do partido em março, o PSOL deve lançar o servidor público Luiz Romero Piva, o Professor Piva, para o governo do Paraná, e duas candidaturas ao Senado, com o servidor público Rodrigo Tomazini e a socióloga Jacqueline Parmigiani. O partido deve coligar-se com o PCB.
Alinhamento
O início da vigência da legislação eleitoral e as limitações de algumas ações do governo foram tema da pauta da reunião dos secretários de Estado e diretores de autarquias ontem, no Palácio Iguaçu. O encontro serviu para alinhar informações e o trabalho do Governo do Paraná para os próximos meses. O propósito é manter as ações nos municípios, dentro do que é estabelecido por lei.
Gastos
Na reunião, presidida pelo chefe da Casa Civil, Dilceu Sperafico, e pelo secretário estadual do Desenvolvimento Urbano, Sílvio Barros, foram discutidas a necessidade de contenção de gastos, os limites orçamentários e a manutenção dos convênios já firmados com os municípios. “Cumpriremos o que prevê a legislação”, afirmou Sperafico.
Conluio
A senadora paranaense e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann disse que foi vergonhoso para as instituições deste País o que aconteceu no último domingo, quando o Judiciário teria, segundo ela, atuado “em conluio” para manter o ex-presidente Lula preso injustamente. De acordo com a dirigente petista, o País vive hoje uma instabilidade institucional nunca vista. “Vocês podem até não aprovar ou até não concordar com a decisão do desembargador Favreto. O que não pode é ter uma discordância judicial, e um juiz de primeira instância, militante político ligar para a Polícia Federal, mandar não cumprir uma ordem, depois articular com outro desembargador para que reveja a ordem daquele que mandou soltar o presidente Lula”, alegou.
Autoridade
Gleisi criticou principalmente a atuação do juiz Sérgio Moro, que, segundo ela, não tinha autoridade de mandar parar o cumprimento de uma decisão judicial de segunda instância. “Ele estava bebendo vinho e comendo bacalhau lá em Portugal. Foi acionado por um agente da Polícia Federal, por um delegado de plantão, que tem que responder pelo que fez, que não cumpriu decisão judicial. Liga de Portugal, depois de tomar o seu vinho, dando ordens à Polícia Federal de Curitiba”, criticou a senadora.