
Em reunião ontem com integrantes do Fórum das Entidades Sindicais do Paraná (FES), o deputado estadual Ratinho Junior (PSD), pré-candidato ao governo, e o líder do partido na Assembleia Legislativa, se comprometeram a não votar os projetos que concedem reajuste a servidores do Tribunal de Contas, Tribunal de Justiça. Ministério Público, Defensoria Pública, Procuradoria do Estado e da própria Assembleia, enquanto o governo Cida Borghetti (PP) não apresentar um projeto com proposta de reajuste a servidores do Poder Executivo. Com salários congelados desde 2016, servidores da Saúde, Educação e Segurança, que fazem vigília em acampamento em frente à Assembleia desde segunda-feira, reivindicam a volta da data-base. A proposta é de que seja concedida 2,76%, que representa a inflação dos últimos 12 meses.
Para todos
De acordo com a assessoria, Ratinho Jr cobra que o governo apresente uma medida que já programe os reajustes para os próximos quatro anos, para que não seja necessário discutir isso em curto espaço de tempo. “O aumento tem que ser para todos os servidores. Não pode haver distinções”, disse Ratinho Jr.
Urbs
Os vereadores de Curitiba rejeitaram, ontem, pedido de convocação do presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto. A proposta foi apresentada por parlamentares da bancada de oposição ao prefeito Rafael Greca (PMN) e do chamado “bloco independente”, com a intenção de que ele falasse sobre a tarifa de transporte coletivo da Capital, diante da redução do preço do diesel após a greve dos caminhoneiros. A oposição defende que a queda no preço do combustível devia ser repassada à tarifa cobrada dos usuários, ou à tarifa técnica paga às empresas. A prefeitura alega que essa margem será utilizada para equilibrar financeiramente o sistema, incluindo a compensação de possíveis reajustes da tarifa técnica no futuro.
Convite
O líder do prefeito na Casa, Pier Petruzziello (PTB), justificou a decisão de rejeitar a convocação, alegando que base governista irá trazê-lo ao Legislativo por meio de um convite. Segundo Petruzziello, ainda não há uma data para a reunião com Maia Neto. Para o parlamentar, o diálogo com a Urbs já existe e a convocação seria uma “medida extrema”.
Bloqueio
A Justiça decretou a indisponibilidade de bens do atual prefeito de São João do Ivaí, Fábio Hidek Miura (PSDB) e de outros sete réus acusados pelo Ministério Público de improbidade administrativa. De acordo com ação, o prefeito “desafetou” imóveis transferidos ao domínio do município por empresas loteadoras e que deveriam ser destinados para a construção de áreas verdes e áreas institucionais. Após a desafetação – ato pelo qual o poder público torna um bem público apropriável – o prefeito desmembrou os imóveis em lotes e os vendeu para particulares. Os valores bloqueados variam, conforme o réu, de R$ 18.645,93 a R$ 242.397,24.
Panfletos
Em Foz do Iguaçu, Oeste do Estado, um ex-vereador da gestão 2009-2012 teve condenação por ato improbidade administrativa confirmada pelo Tribunal de Justiça. Com isso, ele – que foi condenado por usar recursos públicos para propaganda pessoal, teve os direitos políticos suspensos por três anos e deve devolver aos cofres municipais os valores empregues indevidamente, além de perda do cargo público e multa. Segundo o MP, em 2011, o ex-vereador usou servidores públicos e e viaturas policiais, e produziu vários panfletos com fotos dele, que foram entregues em uma blitz de trânsito na cidade, a propósito de uma ação educativa municipal para coibir o arremesso de lixo, por condutores de veículos, em vias públicas. Dava-se destaque ao projeto de lei do político e a sua figura, “com clara intenção de promoção pessoal no referido panfleto”.