
O PSDB do Paraná deve eleger hoje o deputado estadual Paulo Litro como novo presidente do diretório estadual. O partido, que era presidido pelo ex-governador Beto Richa, hoje é presidido interinamente pelo deputado estadual Ademar Traiano, presidente da Assembleia Legislativa. Paulo Litro, de 27 anos, está no seu segundo mandato, e foi o único a lançar chapa dentro do prazo para concorrer ao comando da legenda no Estado. Ideológicamente próximo do governador de São Paulo, o tucano João Doria, Litro deve tentar mudar a cara do PSDB no Paraná depois do baque sofrido pela legenda na eleição de 2018.
Richa não aparece mais
Com as prisões de Richa e o péssimo desempenho do partido nas eleições de 2018, a discurso de renovação é inevitável. Percebendo isso, um grupo de tucanos mais jovens está desde o ano passado construindo o caminho para tomar o lugar das tradicionais lideranças do partido, que tem visto revezarem em seu comando Beto Richa, Ademar Traiano e Valdir Rossoni. O novo grupo é encabeçado pelo vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel, e pelo prefeito de Ponta Grossa, Marcelo Rangel, junto com Paulo Litro. “É só uma alternância de poder que a gente defende”, minimiza Pimentel. Sobre Richa, o vice-prefeito de Curitiba afirma que ele está praticamente fora do partido. “Ele não está participando, tinha pedido afastamento, não está fazendo parte da chapa”, conta Pimental. Atualmente, o partido está na base do governador Ratinho Junior (PSD), com apenas três deputados estauduais. O PSDB do Paraná não tem deputados federais hoje.
Supersalário
Os vereadores de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, desistiram do supersalário de pouco mais de R$ 14 mil, após reajuste de 4% sancionado em abril pela prefeita Marli Paulino (PDT). Com o aumento, os parlamentares de Pinhais tinham o maior salário entre todos os vereadores da região metropolitana, segundo levantamento da RPC-TV. Em Pinhais, há apenas uma sessão plenária por semana na Câmara Municipal. Além de ser o maior salário entre as 28 cidades da RMC, era acima do limite máximo estipulado por lei. A Constituição Federal estabelece o teto. Para cidades entre 100 mil e 300 mil habitantes, como é o caso de Pinhais, os vereadores não podem receber mais do que 50% dos salários dos deputados estaduais, ou seja, R$ 12,6 mil.
Câmara agradece
Araucária tem 130 mil habitantes e tem o mesmo porte de Pinhais, com 140 mil habitantes. Mas, em Pinhais, os vereadores ganham quase três vezes mais do que os de Araucária, que recebem salário de R$ 5,9 mil. Em nota, a Câmara de Pinhais reconheceu que houve uma falha administrativa ao aplicar o redutor constitucional e que os valores pagos indevidamente serão corrigidos e descontados da remuneração dos vereadores nos próximos meses. A Casa também agradeceu a RPC-TV por ter auxiliado na constatação do problema.
Boa vontade
Como gesto de boa vontade, o governo do Estado decidiu autorizar a reposição de faltas lançadas para professores que participaram das manifestações do último dia 29 de abril. Representantes do governo, da Assembleia Legislativa e de sindicatos de servidores públicos realizaram na última sexta-feira (03) a primeira reunião de trabalho da comissão permanente criada para debater as demandas do funcionalismo estadual. Outra medida anunciada para esfriar os ânimos do debate que cobra descongelamento de salários (defasado em 17%), o governo afirmou que, “em breve”, deve ser lançado o processo licitatório para a contratação de clínicas que farão a perícia médica em oito cidades polos do Interior que hoje estão sem perito. Com isso, o governo aumenta a capilaridade do trabalho e resolve uma das principais demandas dos servidores no âmbito da saúde ocupacional.