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O deputado federal paranaense Rubens Bueno (CDN) voltou a cobrar a votação do projeto que barra os supersalários no serviço público. Apresentado em 2018, após passar pelo Senado, recebeu na Câmara parecer favorável de Bueno, relator da proposta, que ampliou ainda mais as regras para barrar os penduricalhos que fazem com que uma casta restrita da estrutura do Estado consiga burlar a norma constitucional para engordar seus contracheques acima do teto de R$ 39,2 mil. Mas o lobby, principalmente das entidades representativas do Judiciário e do Ministério Público, vem barrando a votação do PL 6726/2016 no plenário da Câmara, diz ele.

Lobby
Em abril, houve uma tentativa de votação de um requerimento de urgência para a votação da matéria. Mas as canetas de juízes e promotores e seu poderoso lobby junto ao Congresso fizeram a medida não avançar. “Justamente os que deveriam fiscalizar e fazer cumprir a lei trabalham, dentro do Congresso Nacional, para impedir a votação de uma proposta que regulamenta a Constituição e determina o óbvio: Ninguém, no serviço público, pode receber mais que um ministro do Supremo Tribunal Federal”, desabafa Bueno.

Pesquisa
O candidato do MDB à prefeitura de Curitiba, João Arruda, comemorou o resultado da pesquisa Ibope divulgada ontem, na qual ele aparece com 3% das intenções de voto, atrás do prefeito Rafael Greca (DEM), com 47%, e dos candidatos do PSL, Fernando Francischini, com 6% e do PDT, Goura, com 5%. Arruda lembra que a pequisa é primeira desde o registro dos candidatos na Justiça Eleitoral que não foi impugnada. A pesquisa Ibope foi registrada no dia 30 de setembro sob o número “PR-08260/2020” e foi contratada pela RPC a um custo de R$ 46.354,00. Foram entrevistados 602 eleitores de Curitiba entre 30 de setembro e 6 de outubro. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro de quatro pontos percentuais para mais ou para menos.

Metodologia
“Nós começamos com desvantagem, fomos a última candidatura confirmada pela convenção municipal, e antes disso não colocavam o meu nome nas pesquisas realizadas na fase de pré-campanha. Pelo menos agora no período eleitoral as instituições pesquisa são obrigadas a apresentarem todas as opções para o entrevistado”, disse. O candidato, porém, foi crítico à metodologia adotada pela pesquisa, com número reduzido de entrevistados. “Onde já se viu poder estimar as intenções de voto com apenas 602 entrevistas, o própria margem de erro já coloca em cheque essa pesquisa”, afirmou.

Copo meio cheio
A candidata do PL, Christiane Yared, também comemorou o resultado, em que ela aparece com 3% das intenções de voto. Ela destacou que os números mostram todos os candidatos de oposição
empatados, com diferenças percentuais dentro da margem de erro da pesquisa (4%).
Segundo a candidata, seu nome aparece à frente de candidatos que participaram do primeiro debate na TV e tiveram maior exposição na mídia.

Potencial
A pequena rejeição a Christiane Yared é outro fator a estimular a candidatura. A pesquisa apontou
que apenas 9% do eleitorado não votariam nela, a princípio. Esses números indicam que, se
passar para o segundo turno, Yared tem total condições de se eleger prefeita, avalia a campanha da deputada federal. O primeiro programa eleitoral na TV da candidata do PL , que vai ao ar na amanhã, vai mostrar a trajetória pessoal, profissional e política da deputada federal, desde o seu nascimento, passando pela atuação como confeiteira e pela tragédia familiar com a morte do filho, que a levou a entrar na política.