Vaga aberta

Ivan Santos

Franklin de Freitas

O anúncio de que o ex-senador Roberto Requião pretende disputar a prefeitura de Curitiba nas eleições de outubro já começou a mexer com o quadro eleitoral da Capital. Ontem, o presidente do MDB curitibano, Rogério Carboni, informou que o sobrinho de Requião, o ex-deputado federal João Arruda, vai abrir mão da vaga de pré-candidato da legenda em favor do tio. “Como Requião se manifestou interesse em ser candidato a prefeito pelo MDB, é natural que João Arruda abra mão da indicação em favor do senador. Tudo pelo projeto de reconstrução do MDB em Curitiba e no Estado”, disse Carboni.

Chapas
Segundo o dirigente, Arruda já se dedica a coordenação do plano de governo emedebista e na formação das chapas de vereadores e prefeitos nas 399 cidades do Estado. “O João Arruda está integralmente voltado ao plano de governo e, principalmente, na formação das chapas de vereadores. Ele, inclusive, pode ser candidato a vereador para fortalecer a chapa de vereadores em Curitiba”, disse Carboni. Hoje, o MDB faz uma reunião para avaliar do quadro sucessório de Curitiba, diante dessas novidades.

Ônibus
A Câmara Municipal de Curitiba vota hoje projeto que determina a divulgação de qualquer reajuste no valor da tarifa de ônibus da capital pelo menos 30 dias antes da cobrança. Autor da proposta, o vereador Tico Kuzma (Pros) defende o direito à informação do usuário do sistema de transporte coletivo. “A proposta visa garantir um prazo legal, após a divulgação do reajuste pela prefeitura, para o início da cobrança de novas tarifas”, explica Kuzma.

Grandes eventos
Outro projeto da ordem do dia desta segunda, para votação em primeiro turno, pretende melhorar a prestação do serviço de táxi em Curitiba. O autor, Jairo Marcelino (PSD), pretende alterar a lei para que os táxis tenham livre acesso à região de grandes eventos, das 22 horas às 5 horas. “Devido ao porte de alguns eventos, a liberação poderá ocasionar transtornos ao trânsito no local”, justifica Marcelino. A ideia, explica ele, “é melhorar o atendimento prestado pelos taxistas àqueles que utilizam o serviço, podendo desembarcar próximo aos eventos, sem precisar se locomover por longa distância”.

Municípios
Entidades municipalistas já confirmaram presença na audiência pública sobre a PEC do Pacto Federativo que trata da extinção das cidades com menos de cinco mil habitantes. O encontro será amanhã, na Assembleia Legislativa. Estarão na audiência, a Associação dos Municípios do Paraná (AMP), a Confederação Nacional dos Municípios (CMN), a União Nacional dos Legislativos e Legisladores Estaduais (Unale), a União dos Vereadores do Paraná (Uvepar) e associações municipais como a Amunop, Amunpar, Amerios, Comcam, Amop, Amsulpar, Cantuquiriguaçu, Amocentro e Amenorte.

Impacto
No Paraná, 104 cidades serão impactadas pela medida do Governo Federal que será debatida neste ano no Congresso Nacional. “É uma proposta estapafúrdia. As cidades que se emanciparam tiveram um movimento social forte de uma demanda importante. São cidades com 50, 60 anos já estruturadas e que, se deixassem de ser municípios, perderiam muito. O Paraná pode perder R$ 682 milhões por ano. Essas cidades são unidades administrativas, de planejamento tanto do Governo Federal quanto dos Governos estaduais. Na prática é um grande prejuízo”, alega o deputado Luiz Cláudio Romanelli (PSB), que propôs a audiência, e é contra o projeto.