O Comitê de Bacias do Alto Iguaçu e Afluentes do Alto Ribeira aprovou os mecanismos de cobrança pelo direito de uso da água. Com isso, a partir do início do mês de setembro, grandes usuários e indústrias que utilizam água dos rios da bacia para produção e operação, bem como as que utilizam a água para despejar efluentes tratados e as companhias de saneamento terão que pagar. A medida, inédita no Paraná, irá abranger a área que vai da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) até União da Vitória.
A cobrança pelo uso da água é uma das ferramentas da política nacional e da política estadual de recursos hídricos. A previsão do Instituto das Águas do Paraná é que seja cobrado um centavo por metro cúbico de água captada.
Todas as 12 bacias hidrográficas do Paraná deverão cobrar dos grandes usuários pelo uso da água. Agricultores serão isentos. A previsão de arrecadação é de R$ 20 milhões por ano e os recursos arrecadados só poderão ser investidos em ações para a recuperação das bacias hidrográficas em que são gerados.
Enquadramento
Outra importante medida aprovada pelo Comitê de Bacias do Alto Iguaçu é a atualização do enquadramento dos rios da bacia. Traduzindo: o enquadramento estabelece o nível da qualidade da água que deverá ser alcançado ou mantido ao longo do tempo. O rio Iguaçu foi o primeiro do Paraná a ser enquadrado de acordo com a Lei de Águas (nº 9433/97). O enquadramento é feito com base no conhecimento da situação atual da qualidade da água e os usos realizados, bem como os futuros usos pretendidos, além dos esforços financeiros necessários para se alcançar as metas propostas.
Tanto a cobrança pelo uso da água como os parâmetros de qualidade da água, deverão ser aprovados pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos, que se reúne no final do mês de agosto, para só depois entrar em vigor definitivamente.
Legislação
Curitiba irá sediar, nos dias 01 e 02 de agosto, no teatro Positivo, o Congresso Brasileiro de Direito Socioambiental e Sustentabilidade. O austríaco Fritjof Capra – doutor em física, ambientalista e autor de livros que abordam temas relacionados à ecologia, sendo seis Best Sellers – será o palestrante principal desta 10ª edição do Congresso. O jurista, Paulo Afonso Leme Machado, que participou da redação da Constituição Federal de 1988, fará uma análise crítica do Novo Código Florestal e o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná, Luiz Eduardo Cheida, abordará o tema resíduos sólidos. Mais informações sobre o Congresso podem ser obtidas no site www.idinstituto.com.br/xcongresso
Bambu tendencia na cozinha moderna
O consumo consciente também virou tendência na cozinha moderna. Um dos materiais sustentáveis que estão em maior evidência é o bambu, devido as suas vantagens se comparadas a madeira. A matéria-prima cresce rápido, existe em abundância no Brasil e pode ser empregado nas mais diversas aéreas da casa e cozinha.
Em Curitiba, lojas especializadas em utensílios para cozinha dispõem de linhas completas de bambu. A loja Regali Per La Casa possui uma variedade de produtos criados a partir desse material: espátulas, porta- temperos, travessas, tábuas, pilão, potes, porta-guardanapo e outros. Entre os benefícios dos materiais fabricados a partir do bambu estão a leveza, resistência dos materiais e o fato de que a fibra longa do bambu permite ser moldada, resultando em peças com design moderno.
SOS Mata Atlântico lança jogo
A Fundação SOS Mata Atlântica – entidade reconhecida internacionalmente por seus projetos e ações em prol da preservação do bioma mais ameaçado do Brasil– acaba de desenvolver o aplicativo “SOS Mata Atlântica , O Jogo” . Totalmente em 3D e disponível gratuitamente para IOS, Android e Facebook, o jogo social foi produzido em parceria com a produtora de games brasileira OvniStudios.
A tarefa do jogador é simples, basta se voluntariar através do game e desempenhar atividades que variam entre reflorestamento, combate à caça predatória, coleta seletiva do lixo, controle da qualidade do ar, água e do solo, além de atividades agrícolas e pecuárias desenvolvidas de forma a impactar menos o ambiente. À medida que o jogador avança no jogo, ele adquire bonificação em consciência ambiental. Quanto maior a consciência ambiental, maior é a variedade liberada de árvores nativas da Mata Atlântica e itens de decoração para customizar a sua sede.
Ceres Battistelli é jornalista especializada em meio ambiente e coordenadora de comunicação da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos.