Em apenas três semanas de trabalho para montagem do Aquário Marinho de Paranaguá – inaugurado no dia 13 de janeiro pelo governador, Beto Richa, foram encontradas e coletadas 100 diferentes espécies de animais para compor o espaço. O objetivo do Aquário, além de desenvolver o turismo ecológico, é fazer com que a população conheça quais são as espécies típicas do Litoral e, com conhecimento, ajude a cuidar da fauna marinha. São 23 aquários, onde os visitantes encontrarão áreas de costão rochoso, recife de coral, manguezais, pinguins, estrelas-do-mar, caranguejos e uma infinidade de peixes. O Aquário poderá abrigar até 500 espécies.
Surpresa e diversidade
O biólogo, coordenador do aquário do Guarujá e que também é responsável pela montagem do aquário de Paranaguá, Paulo de Tarso Ferraz Meira, conta que ficou surpreso com a diversidade, quantidade e porte das espécies encontradas no Litoral paranaense.A fauna marinha do Paraná é imensa e a baía de Paranaguá apresenta um elevado estágio de conservação, relatou em entrevista para a Coluna Conteúdo Sustentável.
Educação ambiental
Paulo de Tarso Ferraz Meira explica que as atividades de educação ambiental realizadas com os visitantes serão focadas na diversidade faunística, na conservação dos ambientes marinhos e no repasse de conhecimentos científicos específicos. Queremos mudar o conceito das pessoas sobre os animais marinhos. No tanque de toque da Arraia, por exemplo, será possível perceber que ela não é um animal perigoso e não é destinado a ser morto. Ao sair do Aquário o visitante terá outra concepção sobre os ecossistemas marinhos, declarou o biólogo.
Dênis Ferreira Netto
Carbono azul
Ainda tratando de ecossistemas costeiros um tema que está em alta – especialmente no que se refere a mitigação das mudanças climáticas – é o Carbono Azul. O nome é dado ao carbono ou CO2 armazenado e sequestrado em ecossistemas costeiros.
Estes ecossistemas aquáticos ou azuis podem sequestrar tanto ou mais carbono quanto os que ficam na superfície terrestre, como as florestas tropicais. A vantagem é que o sequestro do CO2 nestas áreas é muito mais rápido (pode chegar até 100 vezes mais) e continuar por centenas de anos. Em contrapartida, se degradados ou destruídos, jogam ainda mais carbono na atmosfera devido à oxidação da biomassa e solo orgânico.
Quando for ao Litoral preste atenção aos manguezais, à vegetação de restinga ou aos pântanos alagados por marés salgadas. Poderá ver o carbono depositado nos solos ou como sedimentos abaixo da vegetação.
Benefícios
Capaz de capturar e armazenar uma quantidade significativa de carbono da atmosfera o carbono azul têm os seus principais ecossistemas marinhos degradados gradativamente em muitas regiões do Planeta. São eles: manguezais, algas marinhas e pântanos de água salgada. Estas áreas atuam como berçários para peixes, ajudam a controlar a erosão das encostas, são habitats para pesca e turismo e fornecem até mesmo ingredientes para medicamentos.
Previsão do pólen
O pólen produzido nas florestas tropicais brasileiras pode prever as mudanças climáticas que ocorrerão no futuro, em todo o planeta. A descoberta é do estudante brasileiro de doutorado, Antonio Alvaro Buso Junior, membro do Programa Ciência sem Fronteiras na Universidade de Edimburgo, na Escócia. Ele analisou mais de 140 amostras de pólen de árvores e ervas da Floresta Atlântica de Linhares, no território capixaba. Os resultados apontam variações de acordo com as estações do ano, durante os últimos sete mil anos, e podem ser usados para prever a reação da vegetação local frente às mudanças climáticas esperadas.
Cursos gratuitos
O Projeto Água: conhecimento para gestão, convênio entre a Agência Nacional de Águas e Fundação Parque Tecnológico Itaipu, com apoio da Itaipu Binacional, abriu as inscrições para cinco cursos com temática voltada à gestão de recursos hídricos. Todos os cursos são gratuitos e realizados pela internet. Dúvidas podem ser enviadas ao e-mail: [email protected]