A escassez de água afeta o Brasil mais do que a maioria dos países. Depois da China, o Brasil é o maior produtor mundial de energia hidrelétrica. Três quartos da energia do País são produzidas em usinas hidrelétricas. E o consumo está crescendo – no ano 2050, o Brasil precisará de três vezes mais eletricidade do que hoje.
A seca atual está ameaçando especialmente as regiões e as cidades densamente povoadas no sudeste do Brasil: Rio de Janeiro e São Paulo. O sistema Cantareira atua com menos de 7% de sua capacidade. Por todo o país, 17 das 18 usinas hidrelétricas mais importantes estão registrando níveis de água mais baixos do que em 2001, o ano da última crise de energia, ou melhor, da crise hídrica.
Mudanças climáticas
Além da crise hídrica, as mudanças climáticas estão cada vez mais frequentes. Catorze dos 15 anos mais quentes ocorreram desde o ano 2000. Segundo dados da Organização Mundial da Meteorologia (OMM), 2014 foi o ano mais quente desde que os registros climáticos começaram a ser feitos. À medida que o ar aquece, as temperaturas oceânicas também sobem, e isso pode ter um impacto considerável sobre o clima local e mais ainda sobre a precipitação de chuva.
Seca ameaça outras regiões
Não só o Brasil, mas também outras regiões do mundo estão sendo seriamente ameaçadas pela seca. Nos Estados Unidos, o sul da Califórnia, em particular, está em situação de risco. Nos últimos três anos, essa região recebeu um volume de chuvas anormalmente reduzido. Incêndios florestais devastadores se espalharam com velocidade apavorante no terreno extremamente seco. No entanto, lá as autoridades investiram desde o início em outras formas de geração energética além da hidrelétrica, de modo que o abastecimento de energia ao menos não foi diretamente afetado pela estiagem. Para Karsten Loeffler, CEO da Allianz Climate Solution, para sobreviver à crise, o Brasil precisa investir em parcerias público-privadas, com o intuito de desenvolver projetos inovadores para geração de energia de fontes alternativas.
Turma da Mônica ganha personagem ambientalista
Mais um filho de Mauricio de Sousa entra para as páginas das histórias em quadrinho. Inspirado em seu filho caçula Marcelo, o único herdeiro que ainda não era personagem, ele lançou, Marcelinho: um menino preocupado com economia financeira e proteção ambiental. O Marcelinho nasceu com esse chip da economia. Usa o tênis até gastar, sempre apagou a luz ao sair do quarto e não pode ver uma torneira aberta sem necessidade, afirma o cartunista. Com a linguagem descontraída das tirinhas serão levados os temas sobre consumo consciente e atitudes sustentáveis. As tirinhas serão publicadas primeiramente no site e depois vão para jornais e gibis.
Dia Mundial da Água 2015
A UN-Water anunciou o tema do Dia Mundial da Água de 2015. Neste ano, o assunto que pautará as discussões do setor de recursos hídricos em todo o mundo será Água e Desenvolvimento Sustentável. A UN-Water é a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) que coordena ações em assuntos sobre água doce e saneamento. Celebrado mundialmente desde 22 de março de 1993, o Dia Mundial da Água foi recomendado pela ONU durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Eco-92, no Rio de Janeiro. Desde então, as celebrações ao redor do mundo acontecem a partir de um tema anual, definido pela própria Organização, com o intuito de abordar os problemas relacionados aos recursos hídricos.
Marca de calçados troca garrafas plásticas por desconto na compra
A marca uruguaia Mamut encontrou uma forma bastante atrativa de promover a reciclagem e ainda conquistar novos clientes. Durante o mês de fevereiro, as pessoas que optarem por calçados da linha verão da marca podem pagar parte do valor em garrafas plásticas. Os clientes poderão pagar até 40% do valor do produto fazendo a troca pelo material reciclado. Cada garrafa equivale a cem dólares uruguaios, que seriam, aproximadamente, dez reais. O projeto ainda conta com uma parceria feita com duas cooperativas locais, que receberão os resíduos para serem reciclados e transformados em matéria-prima novamente. Além de incentivar a reciclagem, a ação tem como objetivo ajudar a limpar as praias locais, reduzindo a quantidade de lixo descartado inadequadamente, que acaba indo para o mar.