O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em nota divulgada no último dia 02 de março, anunciou que o desmatamento na Amazônia cresceu 40% no trimestre compreendido entre novembro de 2014 e janeiro de 2015, em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior.

Foram mais de 219 quilômetros quadrados (km2) de floresta que deixaram de existir em apenas três meses, segundo o INPE. Para se ter uma ideia, 219km2 equivalem a 34.220 campos de futebol.

Alerta para o Brasil
A divulgação dos dados do INPE traz um alerta a todos para o Brasil, pois mesmo diante da crise hídrica que enfrenta o sudeste e o nordeste do país, o governo federal não adota medidas, nem políticas para a contenção do desmatamento.

A Amazônia e as florestas em geral são grandes responsáveis pelo regime de chuvas em nosso país e no mundo todo. Além da perda de biodiversidade, de espécies de flora e fauna, a contínua devastação de florestas agravará ainda mais o drama da falta de água em São Paulo e no restante do país.

Áreas desmatadas perdem 20 vezes mais água do que as florestadas
Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) concluiu que em áreas com a floresta preservada apenas 1% da água é perdida. Já em regiões desmatadas, o nível sobe para 20%. A informação é fruto de análise realizada por um grupo de estudiosos durante quatro anos em Itirapina, no interior de São Paulo. O local estudado faz parte do bioma cerrado e o intuito dos pesquisadores era mensurar a quantidade de água que a vegetação conseguia absorver.

Torre Eiffel ganha turbinas eólicas
A Torre Eiffel – um dos mais importantes símbolos de inovação, Inaugurada em 1889, – acaba de ganhar duas turbinas eólicas de eixo vertical foram adicionadas à estrutura e produzirão energia limpa para o complexo. Conforme informado pelo site Smithsonian, o projeto faz parte da maior reforma realizada na torre nos últimos 30 anos e foi planejado com cautela durante mais de dois anos. A empresa responsável pela instalação é a norte-americana Urban Green Energy. A energia produzida pelas novas turbinas eólicas deve ser suficiente para abastecer o restaurante e a loja do primeiro pavimento do complexo. Apesar da utilidade e eficiência do projeto, uma de suas maiores importâncias é para a propagação da energia limpa. A reforma arquitetônica ainda inclui outras soluções sustentáveis como iluminação de LED, um sistema de captação da água da chuva, para reutilização em sanitários, e painéis solares, instalados na cobertura de algumas áreas comuns. Neste ano Paris receberá a Conferência Climática da ONU e o projeto aplicado na Torre Eiffel deve ser usado como demonstração das possibilidades para a redução da pegada de carbono.

Frente ambientalista define prioridades
A Frente Parlamentar Ambientalista pretende acompanhar com atenção a aplicação das regras do Cadastro Ambiental Rural (CAR), instituído pelo novo Código Florestal (Lei 12.651/12), e a crise hídrica e energética. Entre as propostas prioritárias nesta legislatura está a PEC 504/10, que pretende elevar o Cerrado e a Caatinga à condição de patrimônio nacional, já que esses biomas representam juntos um terço do território brasileiro. O texto encontra resistências na bancada ruralista no Congresso. Outro ponto de atenção da frente ambientalista é a PEC 215/00, que transfere do Poder Executivo para o Congresso Nacional a prerrogativa de criar e modificar limites de terras indígenas, de quilombolas e áreas de proteção ambiental. Uma comissão especial será criada em breve para retomar a discussão da PEC 215. Essa proposta interessa também à bancada ruralista.

CAR não avança
O CAR é considerado pela Frente Parlamentar Ambientalista e por ONGs como um dos poucos avanços da nova Lei Florestal. Por meio da inscrição dos imóveis rurais, é iniciado um processo de regularização de áreas de preservação permanente (APP), de reserva legal e de uso restrito. Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, até o momento foram registrados pouco mais de 132,2 milhões de hectares, o equivalente a pouco mais de um terço (35,5%) do total estimado para cadastramento (371,8 milhões de hectares). O prazo para preenchimento do CAR vai até 5 de maio próximo, e o governo anunciou na semana passada que prepara estratégicas para acelerar a participação dos produtores rurais e assentados. Segundo o ministério, caso não faça o cadastro, o responsável pelo imóvel ficará impossibilitado de obter crédito rural.

Projeto Manancial Vivo
Foi realizado no último sábado (28), o 1º Encontro de Proprietários de Áreas Naturais na bacia do rio Piraquara. O objetivo foi apresentar as ações e perspectivas do Projeto Manancial Vivo, fruto da parceria entre a Prefeitura do município, a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) e a iniciativa Oásis Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. O projeto compensa financeiramente proprietários de áreas naturais que possuem boas práticas ambientais e garantir a preservação da floresta, da água e da biodiversidade no município de Piraquara.