Até bem pouco tempo atrás as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) do Brasil não eram muito conhecidas. O último dado oficial era de 2010, e o anterior, de 2005. Assim, Organizações Não-Governamentais ambientalistas que compõe o Observatório do Clima fizeram um levantamento das emissões de 1990 a 2012. As emissões do Brasil em 2012 ficaram 7% acima de 1990, enquanto as emissões no mundo cresceram 37%.  Foram avaliadas as emissões dos setores agropecuário, de energia, mudanças de uso da terra, processos industriais e resíduos.

Números
O combate ao desmatamento propiciou uma redução de 41,5% no volume de gases emitidos pelo setor de mudanças de uso da terra no período de 1990 a 2012. Entretanto, todos os outros setores apresentaram crescimento nas emissões: energia, 126%; processos industriais, 65%; resíduos, 64% e agropecuária, 45%. Agora, o Observatório do Clima criou uma ferramenta para que os dados possam ser atualizados anualmente: o Sistema de Estimativa de Emissões de Gases do Efeito Estufa (SEEG) disponibilizará online os dados de emissão.

O fórum
O Sistema de Estimativa de Emissões foi apresentado, ontem, em Curitiba, durante a reunião do Fórum Paranaense de Mudanças Climáticas Globais. Na oportunidade, os integrantes do Fórum receberam informações sobre o inventário das emissões de Gases de Efeito Estufa – estudo coordenado pela Secretaria estadual do Meio Ambiente para quantificar o volume de gases poluentes emitidos pelos diversos setores econômicos e produtivos do Paraná. Além disso, um questionário foi enviado para os 399 municípios paranaenses. O objetivo é levantar os eventos ocasionados recentemente pelas mudanças do clima e o que as cidades estão fazendo para prevenir e reduzir os efeitos das alterações climáticas.

A energia do rock
Dois pesquisadores britânicos conseguiram provar que determinados tipos de painéis fotovoltaicos – dispositivos para converter a energia da luz do Sol em energia elétrica – são capazes de gerar mais energia quando toca pop ou rock no ambiente em que estão instalados. Conforme aponta o estudo, as batidas mais aceleradas destas músicas têm grande impacto no desempenho dos equipamentos – aumentando a eficiência da geração de energia em até 40%. Os responsáveis pela inusitada descoberta concluíram que as células fotovoltaicas de óxido de zinco são sensíveis às vibrações que se propagam pelo ar. Assim, respondem com mais rapidez e intensidade aos sons mais altos e agitados, como o pop e rock. O estudo foi realizado por Steve Dunn, da Queen Mary University, e James Durrant, do Imperial College.    

Pedalar em grupo cansa menos
O bicampeão e professor de ciclismo Marcelo Iannini afirmou que as pessoas que pedalam em grupo economizam até 75% de energia, uma vez que entram no vácuo do outro ciclista. Primeiramente, a medida foi aplicada aos atletas que participam de competições, mas os benefícios se estendem até mesmo a quem anda de bike uma vez por semana, já que o convívio em grupo estimula as pessoas a aderirem às bikes. A pouca distância que separa os ciclistas numa prova de velocidade diminui o desgaste físico porque, quanto menor o espaço, menor também é a resistência do vento, responsável pelo cansaço.

Bonito e sustentável
A cidade de Bonito, em Mato Grosso do Sul, recebeu o prêmio de melhor destino de turismo responsável do mundo, em Londres. O prêmio World Responsible Tourism Awards está na décima edição e, neste ano, recebeu mais de mil inscrições. A cidade foi escolhida pelo desenvolvimento de um sistema de controle no número de turistas que visitam as belezas naturais da região. Bonito ganhará ainda mais visibilidade e relevância no segmento de ecoturismo e turismo sustentável, em 2014, quando sediará a Conferência Mundial de Ecoturismo e Turismo Sustentável, evento que terá o apoio da Embratur.

Cultivando Água Boa
A Itaipu Binacional já abriu as inscrições para o Encontro Cultivando Água Boa, que será realizado de 20 a 22 de novembro e nesta edição terá como tema O Futuro no Presente. O evento contará com palestras, mesas redondas e oficinas temáticas. As inscrições podem ser feitas através do site do programa socioambiental da Itaipu: www.cultivandoaguaboa.com.br.

Ceres Battistelli é jornalista especializada em meio ambiente e coordenadora de comunicação da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos.