Das 20 propostas levadas pelo Paraná à 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente – realizada para implementar a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) – quatro foram aprovadas e integram o documento final que subsidiará a tomada de decisões sobre o tema no país. Parece pouco, mas o número representa uma vitória, já que 1.340 delegados de 27 estados brasileiros definiram e votaram 60 propostas de todo o Brasil. O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná, Luiz Eduardo Cheida e o secretário de Meio Ambiente de Curitiba, Renato Lima, sentaram lado a lado na abertura da Conferência, em Brasília.

Reciclagem no Brasil
O Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE)  acaba de divulgar um novo estudo sobre a reciclagem de embalagens pós-consumo no Brasil, que aponta a geração diária de 193,6 mil toneladas de lixo. No entanto, mais de 24 mil toneladas de lixo deixam de ser coletados e são descartados de forma irregular diariamente. Estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) projetam que o país perde R$8 bilhões, anualmente, com o descarte incorreto de resíduos que poderiam ser reaproveitados.

FIEP dá o pontapé inicial
O tema resíduos também está entre as prioridades da Federação das Indústrias do Paraná (FIEP). A diretoria de meio ambiente da FIEP já promoveu mais de 70 reuniões, em todo o estado, para sensibilizar os industriais sobre a importância de um plano de logística reversa para os resíduos disponibilizados por eles no mercado e que podem ser reciclados. O responsável pelo trabalho, Irineu Roveda Júnior, conta que as indústrias estão contratando a consultoria do Senai para mapear o tipo e volume dos resíduos gerados, bem como as oportunidades de negócios. Ao todo, foram definidas 14 cadeias produtivas prioritárias para serem trabalhadas, entre elas, a construção civil, indústria farmacêutica e de alimentos.

Novos comitês de bacias
Serão empossados nos dias 29, 30 e 31 de outubro, os membros dos Comitês de Bacias Hidrográficas do Baixo Iguaçu, do Piquiri e Paraná 2 e do Comitê de Bacias do Alto Ivai. Previstos na chamada Lei das Águas, os comitês de bacia são formados por representantes do poder público, dos usuários de água e da sociedade civil de recursos hídricos com atuação na própria bacia hidrográfica. Os comitês têm poder deliberativo para decidir os conflitos relacionados aos recursos hídricos, são responsáveis pela aprovação do plano de recursos hídricos da Bacia e pela aprovação da ferramenta da cobrança pelo uso da água. A instalação dos comitês acontece em Francisco Beltrão, Goioerê e Campo Mourão.

Aquário Marinho
O governador, Beto Richa, vai entregar o Aquário Marinho de Paranaguá até o final do ano para a população. O espaço – que atrairá turistas para o Litoral do Paraná o ano todo  – vai abrigar uma variedade de espécies do mar, principalmente de peixes nativos. Outras cidades brasileiras que possuem aquários marinhos como Ubatuba, Santos e Guarujá, recebem em média 800 mil visitantes todos os anos. A expectativa para o Aquário de Paranaguá é atingir este público já no primeiro ano de abertura. Um belo reforço para a economia, para o turismo e para a educação ambiental.

Festival de cinema na Antártida
No final de novembro e no mês de dezembro, as localidades de Punta Arenas e Puerto Williams vão receber o 3º Festival Internacional de Cinema da Antártida Sobre Meio Ambiente e Sustentabilidade (FICAMS). A mostra vai exibir as melhores produções cinematográficas enviadas pelo público, com temas relacionados ao aquecimento global e à geração de energias renováveis. O festival – que vai eleger o melhor filme, animação ou documentário – aceita inscrições até dia 31 de outubro, que podem ser feitas de qualquer país do mundo.

Poluição na China
Mais uma vez, o nível de poluição da China impressionou. Na última semana, a cidade de Harbin esteve com cerca de 50 vezes o limite máximo tolerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A poluição era tanta, que afetou a visibilidade da população. Aeroportos e escolas ficaram fechados. Apesar de o governo já ter anunciado diversos planos para amenizar o problema, a solução ainda parece estar longe de ser encontrada. A situação piorou após o acionamento de um sistema de calefação dos prédios públicos à base de carvão.

Ceres Battistelli é jornalista especializada em meio ambiente e coordenadora de comunicação da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos.