O Governo do Paraná vai investir R$8,5 milhões para compensar financeiramente proprietários de áreas rurais que mantém florestas nativas intactas, ou que por um uso de solo responsável contribuem com a disponibilidade hídrica e com a manutenção da qualidade das águas. A ação faz parte do programa Bioclima que também prevê o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) para aqueles que auxiliam na mitigação das mudanças climáticas. Os recursos serão depositados no Fundo Estadual do Meio Ambiente (FEMA), em uma conta específica para o Biocrédito.
Como vai funcionar
De acordo com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, o PSA começará com o pagamento dos proprietários de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN). Ao todo, 222 proprietários de RPPNs do Paraná serão convidados a participar do Programa, ocasião em que serão remunerados anualmente na proporção de sua contribuição para a preservação de espécies, para a regeneração de áreas de florestas e para a conectividade com outros maciços florestais, entre outros componentes. Incontestavelmente é um grande avanço, já que o PSA é defendido por ambientalistas e técnicos dos órgãos ambientais há mais de dez anos.
Novas Unidades de Conservação
É inacreditável como as pessoas tem ouvido seletivo, especialmente, quando se trata de política. Na última semana, o Governo divulgou o decreto que cria 3,5 mil hectares de novas Unidades de Conservação no Estado. As áreas – pertencentes ao Instituto de Florestas, de vegetação nativa, localizadas no Litoral – serão protegidas integralmente. Ainda assim, na última segunda-feira (26), na Assembleia Legislativa, surgiram desinformados para discursar sobre a venda de remanescentes de Mata Atlântica.
Estresse hídrico
A Aliança para o Uso Responsável da Água (AWS, sigla em inglês), publicou um documento intitulado de Padrão Internacional para Uso Responsável da Água. A publicação, que ressalta a necessidade da implementação de critérios para a gestão sustentável destes recursos naturais, estima que 47% da população mundial habitará áreas afetadas pelo estresse hídrico. O objetivo é conscientizar a humanidade através deste estudo. Entre as ameaças as reservas e distribuição de água potável, estão a poluição e as mudanças climáticas. O texto afirma ainda, que o problema da escassez de água já está afetando a sociedade, o meio ambiente e a saúde econômica de algumas partes do planeta.
Dia da Mata Atlântica
O promotor de justiça, Alexandre Gaio, acaba de lançar o livro Lei da Mata Atlântica Comentada. A obra apresenta as circunstâncias históricas e jurídicas da proteção florestal no país, as funções ambientais do bioma, suas características e tutela pela Constituição Federal de 1988, além dos precedentes legais da Lei da Mata Atlântica (nº 11.428/2006). Atualmente, cerca de 70% das áreas de Mata Atlântica no Brasil estão localizadas em propriedades privadas, fato que acentua a importância da discussão sobre os conflitos da livre iniciativa econômica e a preservação desse bioma.
Paraná Agroecológico
Começou ontem e prossegue até o próximo dia 01 de junho, em Curitiba, o encontro Paraná Agroecológico 2014. O evento, que acontece no setor de Ciências Agrárias, da Universidade Federal do Paraná, discutirá ações voltadas à produção agrícola e à valorização do meio ambiente. Participam do Paraná Agroecológico, técnicos ligados à agroecologia, agricultores familiares, estudantes, professores, extensionistas rurais, profissionais do setor e consumidores. O Estado possui 380 mil propriedades rurais, sendo que 7 mil delas trabalham na produção de orgânicos.
Nanotecnologia a favor do meio ambiente
O projeto IAQSense promete facilitar a medição dos poluentes em ambientes internos e tornar este controle acessível a qualquer pessoa. O trabalho – financiado pela União Europeia – consiste no uso de nanotecnologia para monitorar os níveis de compostos voláteis presentes no ar. Os pesquisadores estudam uma forma de instalar o sensor em smartphones, para que seja possível medir a qualidade do ar em qualquer local. Somente no continente europeu, os gastos com doenças respiratórias relacionadas à poluição chegam a 102 bilhões de euros por ano.