Portos do Paraná divulgam resultados de monitoramento de aves

Por Ceres Battistelli / cerestb@gmail.com

A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) iniciou, no último mês de maio, um programa de monitoramento das aves aquáticas que ocorrem nos ambientes costeiros e marinhos das baías de Paranaguá e Antonina.

O objetivo do monitoramento – realizado durante quatro consecutivos e todos os meses – é avaliar abundância, a riqueza e a qualidade das espécies de aves existentes no entorno dos Portos do Paraná em diferentes períodos do ano. Apenas nos três primeiros meses de estudo a equipe registrou 4.057 indivíduos de aves distribuídas em 29 espécies associadas aos ambientes aquáticos.


O trabalho de monitoramento da avifauna também avistou espécies como o guará (Eudocimus ruber), ave com recolonização recente no litoral do Paraná

Habitat Conservado
Entre as espécies de aves registradas, três são consideradas como ameaçadas de extinção, segundo a lista nacional de espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção, elaborada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio. São elas: trinta-réis-real (Thalasseus maximus), considerado como Em Perigo, e trinta-réis-de-bico-vermelho (Sterna hirundinacea) e saíra-sapucaia (Tangara peruviana), ambas as espécies consideradas como Vulnerável.

Consenso
O trabalho de monitoramento da avifauna produzido pela Appa também avistou espécies como o guará (Eudocimus ruber), ave com recolonização recente no litoral do Paraná e o papagaio-da-cara-roxa (Amazona brasiliensis), espécie que considerada quase ameaçada segundo a lista do ICMBio. O monitoramento vem ao encontro com recente estudo divulgado pela Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS). A SPVS desenvolve desde 1998 o Projeto de Conservação do Papagaio-de-cara-roxa e, este ano, o censo populacional apontou que a maioria da população de papagaios que habita o litoral do Paraná – cerca de quatro mil indivíduos, 60% do total – vivem no dormitório da Ilha da Cotinga, local que fica a 460 metros de distância do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP).

Os estudos da Appa também identificaram espécies com maiores exigências ambientais como é o caso, do savacu-de-coroa (Nyctanassa violacea) e a gaivota-maria-velha (Chroicocephalus maculipennis).

O monitoramento de aves está demonstrando que é possível aliar o desenvolvimento econômico com a conservação do meio ambiente. Hoje, a Appa realiza diariamente mais de 30 programas com o intuito de proteger as baías de Paranaguá e Antonina, enfatiza o diretor-presidente dos Portos do Paraná, Luiz Henrique Dividino.

Dados de emissões de poluentes serão públicos
O Brasil está empenhado em implementar o Registro de Emissão e Transferência de Poluentes (RETP), um sistema de âmbito nacional, cujo objetivo é tornar público dados de emissões e transferências de poluentes que podem causar danos à saúde e ao meio ambiente. Esse sistema é internacionalmente conhecido como PRTR (do inglês Pollutant Release and Transfer Register). O projeto brasileiro é conduzido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que firmaram acordo de cooperação técnica para dar transparência aos dados do País. Acesse aqui o manual do declarante do RETP https://www.mma.gov.br/images/noticias_arquivos/pdf/retpbrasil.pdf

Licenciamento ambiental descentralizado
Londrina, no Norte do Paraná, passou a ter autonomia para conceder licenciamento ambiental nas atividades de impacto local. O governador Beto Richa entregou o certificado de descentralização do licenciamento, monitoramento e fiscalização ambiental ao município. O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) prossegue atuando nos grandes licenciamentos.

Já são 21 municípios paranaenses que receberam do IAP a autonomia para conceder licenciamento ambiental para atividade de impacto local.

Produtos da biodiversidade nas Olimpíadas 2016
Macarrão e azeite de castanha do Brasil, queijo do serro, café certificado, biojóias, fruteiras e panelas em argila branca, geleia de umbu e de maracujá da Caatinga, farinha de mandioca produzida por famílias ribeirinhas do rio Juruá (AM). Estes são alguns dos muitos produtos da biodiversidade brasileira e que serão mostrados na Feira dos Povos e da Biodiversidade do Brasil. O evento, que acontece entre os dias 18 a 21 de agosto, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, e nos dias 19 e 20 de agosto, na Casa Brasil, contará com a participação de associações e cooperativas, que levarão ao público alimentos e artesanatos produzidos de forma sustentável.

Montada na Praça Mauá, a Casa Brasil é um espaço para promover a imagem do país durante os jogos olímpicos. O objetivo da Feira é promover o reconhecimento dos povos e comunidades tradicionais e divulgar os produtos da sociobiodiversidade brasileira aos visitantes dos espaços.

Holandês cria geladeira que funciona sem energia elétrica
O designer holandês Floris Schoonderbeek criou um refrigerador que funciona sem energia elétrica. Apelidado de Groundfridge, o refrigerador usa a temperatura da própria terra para manter os alimentos frescos. Ele foi construído para ser enterrado, aproveitando a própria energia natural para funcionar. De acordo com o criador, o fato de ser enterrado no chão, permite que o frigorífico mantenha a temperatura constante de dez a 12ºC durante todo o ano. O calor é ideal para manter vegetais, vinhos e queijos em excelentes condições. O Groundfridge pode ser instalado no subsolo de uma residência ou acima do solo, desde que esteja coberto por terra, para garantir a refrigeração. O equipamento em poliéster leve e é resistente às raízes de árvores que porventura estejam plantadas à sua volta.