Calça sequinha, com barra dobrada, regata e não precisa  nada mais (@sylviemus Reprodução/Instagram)

Quase todas as tendências de moda nascem, crescem, caem no esquecimento e morrem. Isso até alguém voltar a usar de algum outro jeito. Eu disse quase, porque tem uma que sobrevive há 150 anos. A calça jeans ganha modelagens novas, sobe a cintura, baixa a cintura, alarga a barra, ajusta, passa por lavagens, se rasga toda, imita alfaiataria e está aí, magnânima, vestindo princesas e plebeias.

Há quem a considere comum demais, desconfortável, simplesinha. Mas, desde que o alfaiate Jacob Davis de Reno comprou um tecido resistente na loja de Levis Strauss na Califórnia para a confecção de calças para uma empresa de mineração, e isso foi lá em 1872, nunca se viu sucesso maior de público e crítica. Tudo nela faz sentido. As costuras duplas e os rebites servem para torna-la mais forte e resistente. O tecido enfrenta as intempéries e os mais variados círculos sociais com cara, coragem e estilo. Só depende de suas companhias (blusas, calçados, acessórios, makes e afins) para definir onde vai ser a festa. Ou a lida.

E antes que você pense em dizer que a calça não tem graça nem personalidade, lembre que ela foi símbolo da “juventude transviada” com James Dean, e sensualidade com Farrah Fawcet, em As Panteras. Quem dá o tom da produção é você, meu amor.