Enquanto isso, desfiles da Paris Fashion Week continuam lançando moda (Fotos: Getty Images)

Nem bem acabou a Paris Fashion Week e a França já está inventando uma nova moda. Mas, desta vez, não se trata do novo comprimento das saias ou da cor da estação. A novidade, que a gente torce para viralizar e virar tendência além-mar, é que a França vai introduzir agora em outubro um programa de subsídios para reparos em roupas e calçados, com o objetivo de reduzir o desperdício e a poluição da indústria têxtil, que, diga-se de passagem, é a segunda mais poluentes do planeta e deverá ser responsável por um quarto das emissões globais de gases de efeito estufa até 2050.

Numa revisão à regra da vida, que determina que tudo que nasce, cresce, se desenvolve e morre, a moda lá na França subverteu essa ordem e determinou que vestidos, blusas, calças e calçados que nascerem e viverem bem poderão ser renovados e voltar a vida. O programa foi anunciado pela secretária de Estado de Ecologia, Bérangère Couillard, e vai oferecer descontos que variam de 6 a 25 euros (entre R$ 30 e R$ 130, aproximadamente), dependendo da complexidade do reparo. Uma organização privada francesa chamada Refashion vai colocar o programa em prática.

A ideia, em outras palavras, é que pessoas que compraram sapatos e roupas de boa qualidade prefiram consertá-los em vez de se livrar deles. O programa vai incentivar que os produtos tenham uma segunda vida, mas também que os franceses se conscientizem da insustentável forma de consumo atual. Além disso, alfaiates, marcas de roupas e lojas de conserto podem aderir à iniciativa por meio do Refashion, que arrecadará uma pequena “ecocontribuição” sobre as vendas para cobrir o subsídio, que será descontado diretamente da conta do serviço. Legal né? Chique é ser sustentável, meu bem. Desperdício não está com nada.