Nas últimas semanas só se ouve falar, no mundo da moda, da Copenhagen Fashion Week. Não por causa de grifes badaladas ou tendências chiclete que vão estar em todas as lojas, mas por seu talento em decodificar o presente. Porque mais do que as passarelas, são as ruas a dar o tom da moda.
Ouvi esses dias uma colunista importante dizer que a moda que se veste e se vê por lá é para iniciados, gente preparada em usar roupa realmente diferente. Até pode ser. Mas acho legal retirar os filtros comerciais, a que estamos acostumados, e olhar para uma nova realidade, nem que seja por pura curiosidade. Antes, uma explicação: a CPHFW nasceu em 2006, mas foi dez anos depois que ela ganhou importância internacional, sobretudo pelo fato de ela colocar os dois pés na sustentabilidade. No pós-pandemia, o compromisso socioambiental ficou ainda mais evidente. Ou seja, passarela e rua conversam mais para tentar entender o que é que se veste aqui e agora.
Entre produções bem diferentonas, eis que a CPHFW adotou um símbolo da nossa cultura, o nosso chinelo de dedos, aquele de borracha, que não solta as tiras. Bonitas e bonitos de todos os cantos estavam com os dedos soltinhos em chinelos inspirados em nossas Havaianas. Aliás, esse lance veio acompanhado de uma polêmica, pois, a marca The Row lançou um chinelo – ops, um flip flop – igualzinho ao nosso. Tem gente nervosa dos dois lados, eu continuo entendendo que a nossa é a original e que, finalmente, o chinelo de dedos foi alforriado e pode sair por aí acompanhado do que quiser, até com roupa com chique. Amei.
E, para completar o auê dos chinelos, nossa Havaianas fez uma parceria inédita com a alemã Zellerfeld, referência mundial em calçados feitos em 3D, e desenvolveu seu primeiro chinelo fabricado integralmente com essa tecnologia, que estreou no desfile da opéraSPORT durante CPHFW. O modelo preserva o DNA da marca, mas ganha formas anatômicas, como bico reforçado e solado macio em TPU monomaterial – super-reciclável.