
É do meio do burburinho que eu escrevo a coluna de hoje. A Semana de Moda de Paris começou na segunda e vai até terça, dia 2. Estamos vendo o verão 2019, será o seu 2020, então, temos tempo para ir assimilando as novas propostas de vestimentas. Na real, tudo continua naquele ritmo de repetir o que um dia foi importante. E quando entendemos a vida, que é extremamente repetitiva, sabemos que a moda é o espelho dela. Todas as criações trazem memórias afetivas vividas por suas equipes criativas, assim fica explicado alguns grandes retornos de décadas e movimentos transformadores. Por isso, agora teremos vez e espaço para sapatilhas, vestidos nudes, inspiração no balé que a italiana feminista Maria Grazia Chiuri fez para a Dior. Tudo mais limpo, fluido, sem esquecer de um caleidoscópio (e eu que tinha cansado dele) nas estampas, das flores e do tye-die. A Gucci desfilou pela primeira vez em Paris. É um dos maiores fenômenos de moda dos últimos três anos, uma Guccimania avassalou o planeta. O também italiano (oui! Eles são feras em design e em criatividade. Uma longa história para embasar isso) Alessandro Michelle continua visitando tempos longínquos e o mofo cheira forte para quem um dia teve que usar um vestido de estampa de moranguinhos igual ao da irmã no Natal (eu!), mas para a geração que não viveu isso, é tudo novo. Questão crucial para fazer a moda parecer renovada, mesmo com tanto déjà vu na parada. Mas vamos em frente. Tem mais nas fotos. Bisous!
Nudes – Vai ter muito nude e em várias nuances. Bem redundante. Bem moda aqui nesse lindo mantô da Rochas.
La Ballerina – Sapatilhas de balé. Nada novo, mas linda na versão da Dior.
Para sonhar – Fantasia? Temos. Aproveite para colorir da cabeça aos pés.