
Gente, vocês já deram uma olhada nesses conteúdos que lotam as redes sociais sobre as diferenças entre roupas de rica x roupa de pobre ou sobre como parecer rica ou não parecer pobre? Se não viram, sorte de vocês. Se viram, “desvejam”, por favor. Uma amiga jornalista de moda (@patipontalti) trouxe nesta semana a discussão e eu achei pertinente falar disso aqui na nossa sessão de Modaterapia.
Pra começo de conversa, elegância não se mede pelo tamanho de conta bancária de ninguém. Grife não é sinônimo de estilo. Elegância não é necessariamente monocromática nem sóbria. Assim como cores e estampas não são sinais de pobreza. Repetir roupa não é feio, assim como ter um closet lotado não é solução de estilo. Repercutir esse pensamento tão raso e preconceituoso é um equívoco.
Esse é um tipo de coisa que não vale cliques, nem likes, nem audiência. Essa dicotomia cara de rica/roupa de rica/maquiagem de rica versus cara de pobre/roupa de pobre/maquiagem de pobre é tão ultrapassada quanto dizer que mulher acima dos 40 não pode vestir roupa curta, que quem está acima do peso não pode usar branco, que qualquer mulher não pode qualquer coisa. Ui, quanto ranço.
Quer se vestir bem? Olhe para você, entenda o que você gosta, compre roupas de lugares legais, que não acabam com o planeta, cuide de suas roupas. Quer ser elegante? Seja gentil, leia mais, se interesse pelos outros. A elegância mora mais dentro de você do que nas roupas que você usa. Elas são reflexo. Uma outra amiga, também jornalista de moda (@anagarmendia), que vive lá em Paris, tem uma frase que arremata a discussão: “roupa cara não esconde educação barata”. Ela está certa.