Moda não se trata apenas de roupa. A gente tem fome de mais. É por isso que as grandes marcas no mundo todo estão criando experiências diferentes para engajar clientes. Tem grife que chama artistas plásticos para assinar coleções, tornam as lojas mais atrativas, há outras fazendo eventos que misturam roupa, literatura e experiências reais, como é o caso da Miu Miu, que promoveu durante o Salão do Móvel um clube literário em Milão. Isso sem contar o ambiente virtual.
Na prática, as marcas estão investindo em criar experiências interessantes aos seus clientes. Pra isso funcionar, é preciso conhecer bem a sua turma. Eu fui conhecer a Zara do ParkShoppingBarigui, que reabriu em Curitiba na última quinta (2), e é a primeira loja no Brasil dentro do novo conceito global da marca. Ou seja, por aqui, a loja cresceu – está com cerca de 2.200 m² de área –, e apareceu renovada, com espaços em estilo boutique, com mobiliário especial, revestimentos diferentes e um jogo de iluminação que muda conforme o estilo das coleções de Zara Woman, Zara Man, Zara Kids e Athleticz – a coleção esportiva da Zara.
A ideia, segundo os porta-vozes da marca, é que os clientes tenham a tal da experiência completa: salas interconectadas, roupas bem organizadas por estilo, tendência e público, nichos para acessórios e perfumaria. Você entra, identifica o que combina mais com o seu estilo e vai seguindo uma trilha de referências, combinações legais, informações de moda, acessórios que compõem com o que você já gostou e, assim, tudo vai fazendo mais sentido. Fora isso, outros elementos ajudam nessa interação. A luz é agradável, guia olhar, os materiais usados conversam com o estilo das roupas, tem lugar para provar os perfumes, provador maior, com sensor de presença e mapa digital para encontrar a peça que você quer na loja.
Sensorial garantido, vem a parte tecnológica: a nova Zara conta com o sistema automatizado omnichannel para a retirada dos pedidos on-line, caixas de autoatendimento, além de algumas soluções mais sustentáveis, com área para descarte de embalagens e de roupas usadas, além da plataforma Inergy, que monitora e regula o uso de luz e ar-condicionado, de forma a racionar os recursos.