Startup é definida como “uma empresa criada com o objetivo de gerar grande impacto social ou econômico por meio de um processo inovador intenso, independentemente de seu tamanho ou desempenho no mercado”, e esta é gerida por jovens empreendedores, normalmente recém-saídos de cursos de graduação de muitas instituições voltadas ao ensino das habilidades e pré-requisitos que embasam a área de negócios.

 O empreendedorismo, característica socioeconômica global, hoje mobiliza o ensino superior, pois governos, empresas e indivíduos necessitam compreender melhor este fenômeno, dado que a informação qualificada pode gerar mais desenvolvimento e geração de empregos.

Empreendedores estão no foco disso, pois além de jovens terem o sonho de construir algo próprio, o número crescente de oportunidades que as diversas tecnologias propiciam induzem cada vez mais à globalização dos valores mercadológicos neste começo de século.

O elo entre as oportunidades tem sido a capacidade de execução, e a inovação que transforma realidades, em um cenário repleto de problemas e limitado em recursos, exige empreendedores responsáveis, preparados para lidar com os desafios técnicos, financeiros, sociais e éticos que surgem em cada nova iniciativa.

Por este motivo as universidades têm sido verdadeiros centros de estudos e ensino sobre empreendedorismo, e se destacado na criação e formação de uma nova geração de empreendedores, capazes de compreender o mundo em que vivem e propor soluções adequadas para melhorar a realidade de suas comunidades.

Estamos hoje em um momento crucial, de desafios globais e internos que reforçam a importância da Soberania, com tecnologia, ciência e inovação que possam nos colocar em posição de igualdade para o comercio global. Transformar esses desafios em oportunidades tem sido a meta educativa para obter um futuro movido a colaboração; e por isso aumentou mundialmente o número de startups, auxiliadas por boas plataformas digitais e ideias de inovação.

Políticas públicas de pesquisa e patentes conectadas ao mundo do trabalho são indispensáveis, a união de negócios, empresas e pessoas que necessitam de solução para seus problemas é a principal impulsionadora das startups protagonistas da transformação digital.

Entretanto, no século passado foi possível desenvolver um conjunto de técnicas eficientes para administrar grandes organizações, sem que ainda exista certeza das melhores práticas para o desenvolvimento de empresas nascentes; escolas tem sido usinas de pesquisas e ideias de como melhorar este processo que se mostra indispensável para um futuro melhor, já que inovação parece ter potencial de causar impacto positivo nas várias comunidades.

A melhor compreensão das ferramentas mais tradicionais do planejamento empreendedor, como o plano de negócio, o Design Thinking, o Business Model Canvas, Lean Startup, e muitos outros, eficientes nos processos de análise e seleção de projetos a serem estabelecidos, tem proporcionado mais efetividade e evitado a mortalidade de empresas, que infelizmente costumava ser característica do Brasil nesta área. Assim, preparar o estudante para criar valor e ganhar escala, enriquecendo a economia e mostrando-se uma força transformadora no impacto do ecossistema é fundamental.

O planeta todo se encontra em meio a uma revolução tecnológica, principalmente com a inteligência artificial transformando indústrias e sociedades, aprofundando desafios globais em educação, saúde, produtividade, segurança alimentar, energética, serviços financeiros, inovação, mostrando que colaboração e não a competição, ousadia e bons conhecimentos vencerão as turbulências.

A crise global e o aumento das incertezas, as políticas mal direcionadas, a fuga de cérebros e as dúvidas nas carreiras de inovação e ciência neste momento político repleto de polarizações, não estão favoráveis ao processo de ensino e aprendizagem, testam a resiliência de alunos e professores.

O país parece ter vocação de desenvolvimentos em segurança alimentar, energética, produtividade com IA, serviços financeiros, e constituir-se em um polo de inovação, se melhorar a colaboração, pois interagir leva ao negócio feito com confiança, à prosperidade e valores estratégicos.

Precisamos valorizar os cientistas – e principalmente professores – que desenvolvem pesquisas nos variados ambientes das transações negociais, estimulando investidores a terem retorno de seus investimentos, e elaboradores de políticas públicas a terem clareza dos caminhos que fazem um país e um mundo melhor.

Wanda Camargo – educadora e assessora da presidência do Complexo de Ensino Superior do Brasil – UniBrasil.