Comédia no horário das seis pode dar certo?

Flávio Ricco, com a colaboração de José Carlos Nery

Sucesso da TV Globo, “Elas Por Elas” chega à plataforma dentro do projeto de resgate dos clássicos da dramaturgia do Globoplay *** Local Caption *** DVD nº 77

Há muito tempo se estabeleceu na Globo um padrão para suas três principais novelas. O horário das 18h sempre teve como característica principal os trabalhos de época, roteiros com forte carga dramática e discussão de temas sociais e históricos. Comédia, comédia mesmo, nunca foi o caso, salvo pequenas tentativas, como as de Walcyr Carrasco, algumas vezes, e Mario Teixeira, há pouco, com “Mar do Sertão”.

O fato é que quando se fala em humor nas novelas da Globo, logo se imagina a faixa das 7h da noite, porque assim foi determinado lá atrás, deixando temas “mais densos” para as 21h.

Porém, agora, ou logo depois da quase infantil “Amor Perfeito”, virá o remake de “Elas Por Elas”, um clássico do Cassiano Gabus Mendes exibido em 1982, adaptado para os tempos atuais por Thereza Falcão e Alessandro Marson, com direção de Amora Mautner.

A trama acompanha sete amigas dos tempos de colégio que se reencontram. Porém, as lembranças do passado e as coincidências envolvendo suas vidas atualmente desencadeiam várias situações. Em meio a tudo, ainda tem a figura do atrapalhado detetive Mário Fofoca e é exatamente por aí que mora o maior perigo. O personagem foi escrito especialmente para Luís Gustavo, pelo cunhado Cassiano, sob medida para o Tatá, o número dele, inclusive com a total liberdade de improvisar em cena, enfiar cacos à vontade, um recurso que é praticamente proibido nos dias de hoje.

Questões, a tentativa de mudar o humor de endereço e a escolha do novo Mario Fofoca, que dizem será Lázaro Ramos, que já se colocam como grandes desafios. Será que dá certo?


TV Tudo

Em cima disso

A grande dificuldade em todo e qualquer remake sempre será tornar personagens tão marcantes como foram na primeira versão.

Por exemplo: quem poderia ser o novo Odorico Paraguaçu, imortalizado por Paulo Gracindo em “O Bem Amado”. Ou o Sinhozinho Malta, do Lima Duarte, de “Roque Santeiro”. É até bom parar por aí.

Trama perdida

Em algumas novelas têm histórias que começam e se perdem pelo caminho, ainda mais quando o roteiro se vê obrigado a priorizar a trama dos protagonistas. É o caso do bom ator Thiago Fragoso em “Travessia”.

Virou figurante, com o personagem Caíque. A discussão sobre assexualidade não virou.

(Thiago Fragoso / crédito Fábio Rocha)

Em compensação

Necessário destacar o bom momento de João Emanuel Carneiro com “Todas as Flores”.

Montou uma boa história, usou pesos muito corretos na divisão das suas tramas e, por tudo que foi apresentado e disponibilizado até aqui, já se coloca na galeria dos seus principais trabalhos.

Em boa hora

O desinteresse no “BBB” é sempre normal e esperado, numa determinada altura dos acontecimentos. Como a de agora, por exemplo.

Natural se considerar uma série de fatores, comuns em todos os realities de confinamento.

Tudo a ver

Em conteúdos do tipo “A Fazenda”, “BBB” e outros do gênero, vários fatores em determinado instante devem ser levados em conta.

Entre os principais, o cansaço físico e emocional dos próprios participantes. Natural esse momento de queda de interesse, como também foi bem oportuna a decisão de turbinar sua produção.

Agora vai

Protagonizada por Nicolas Prattes, Malu Rodrigues, Dan Ferreira, Bel Lima e Cecília Chancez, a série musical escrita por Rosane Svartman, para exibição na Globoplay e no Gloob, já mudou de nome três vezes.

Parece que agora vai. Ficou “Vicky e a Musa”. Estreia em julho.  

Pegando no ar

No painel da Netflix da Rio2C, quase o tempo todo existiu a preocupação em mostrar a sua grandeza. Algo que só soou como perda de tempo e desnecessário.

Mas como detalhe especial, no anúncio das suas próximas realizações, sempre se usou o termo “minissérie”. Nem novela e nem série. Minissérie.

Assim como

A Globo, por parte dela, se apresentou como uma produtora brasileira.

E que deseja explorar mais, em seus futuros trabalhos, os nossos modos e costumes, de diferentes lugares e regiões.

Volta importante

Há algum tempo afastada das novelas, Debora Falabella já é uma das mais exigidas nas gravações de “Terra e Paixão”, substituta de “Travessia” na Globo.

A sua personagem, Lucinda, o tempo todo vai se colocar contra a violência doméstica.

Acelerada

“Vidas Bandidas”, do Star+, está em processo acelerado de gravações no Rio de Janeiro, porque o previsto é promover seu lançamento ainda no início do segundo semestre.

O seu elenco tem Juliana Paes, Rodrigo Simas, Thomás Aquino, Larissa Nunes, Maria Bopp e Otávio Müller.

Quem não lembra

Edilson Oliveira, sabe quem? Aí é meio difícil, mas se falar Chiquinho, o Ed Banana aí fica fácil demais.

Pois bem, ele será o destaque dos “70 Anos da Record”, amanhã, quadro do “Domingo Espetacular” que traz nomes que fizeram história na sua programação.

Olho nela

A trama de Bateseba, vivida por Paloma Bernardi, é uma das mais aguardadas nas próximas temporadas de “Reis”.

“A Conquista”, título da próxima edição, estreia na próxima segunda-feira.

(crédito Blad Meneghel)

Bate – Rebate


C´est fini

Entre as possibilidades futuras da Rede TV!, está um programa com Vitor Belfort, Joana Prado e os filhos. Tudo feito fora.

Meio que um reality, mas com traços ou ao estilo Kardashians. 

Ficamos assim. Mas amanhã tem mais. Tchau!