Com que roupa eu vou?

Portar-se bem em público ou em reuniões de negócios pode ser decisivo para o sucesso

Adriane Werner | contato@adrianewerner.com.br

Você tem uma reunião amanhã cedinho com um novo cliente, do qual nunca ouviu falar. Na noite anterior, começa a bater a dúvida: E se eu for de jeans e camiseta e a empresa for formal?; E se eu for terno e gravata e todo mundo lá tiver um estilo mais solto?, E se meu contato me medir da cabeça aos pés?; E se…?

Dúvidas como essas são mais comuns do que se imagina e nos fazem pensar como a etiqueta está presente em nossas vidas, mesmo que não nos preocupemos todos os dias com o talher mais correto ou em sentar sempre com a coluna ereta. Foi-se o tempo em que a etiqueta se ocupava apenas do que muitos chamavam de frugalidades, frescuras… Hoje a etiqueta é uma ferramenta para a prática, é importante para o bom relacionamento social e, sem dúvida, pode servir muito aos profissionais das mais diversas áreas.

Muitas vezes a boa etiqueta é sinônimo de bom-senso, em outras ocasiões valem as dicas de boa educação ensinadas pelos pais quando éramos crianças. Mas em tantas outras vezes somos colocados em situações inesperadas em que, se não tivermos preparo, podemos por tudo a perder.

A escolha da roupa, por exemplo, é um fator decisivo para que se cause uma boa primeira impressão. O traje a ser utilizado em uma reunião de negócios deve ser escolhido com cuidado, com o objetivo de provocar a maior aproximação possível com o nosso contato. Se há dúvidas sobre usar jeans ou terno, é melhor usar um terno, mas que não seja muito sisudo. Assim, sua postura será receptiva sem ser exageradamente formal – e sem correr o risco de destoar se a empresa tiver um clima mais clássico. Se você já conhecer a empresa ou se ela for de um ramo sabidamente informal (uma grife de roupas para surfistas, por exemplo), claro que seu vestuário pode e deve ser mais solto. Mas, é como diz o ditado: Na dúvida, não ultrapasse!

A etiqueta deve acompanhá-lo em todas as etapas do encontro e do relacionamento que se estabeleça depois dele. Por exemplo: Quem deve estender a mão primeiro para cumprimentar? Normalmente, cabe à mulher estender a mão ao homem. Mas, caso ele seja o primeiro a iniciar o cumprimento, seria indelicado a mulher não corresponder. Da mesma forma, entre dois homens, cabe a quem chega ser o primeiro a estender a mão para o cumprimento. Na hora de se apresentar alguém, vale a regra da hierarquia profissional: é o chefe quem decide estender ou não a mão para cumprimentar a secretária; o funcionário deverá sempre ser apresentado ao patrão e nunca o inverso; e um profissional visitante em uma empresa deverá ser introduzido e apresentado ao contato pela secretária, devendo também esperar que o seu interlocutor (contato, dono da empresa, comprador, etc) estenda primeiro a mão para o cumprimento.

Importante frisar sempre que essas regras ficam em segundo plano quando se consegue criar uma atmosfera de simpatia e uma fluência natural na conversa. O mais importante, sempre, quando se fala em etiqueta, é buscar a harmonia nos relacionamentos. Pense nisso e certamente acertará!

Adriane Werner. Jornalista, especialista em Planejamento e Qualidade em Comunicação e Mestre em Administração. Ministra treinamentos em comunicação com temas ligados a Oratória, Media Training (Relacionamento com a Imprensa) e Etiqueta Corporativa.