Um sistema é composto por um conjunto de partes coordenadas que interagem para a realização de um conjunto de objetivos. Um sistema é fechado quando não há interação com o ambiente externo, não influencia e nem é influenciado por ele. Um sistema aberto interage com o meio externo, sofre e imprime mudanças em relação a este.
Na análise sistêmica caracterizamos as empresas como um sistema aberto, considerando a interação com infinitas possibilidades de variáveis que ocorrem em seu meio ambiente. A longevidade está associada à capacidade de adaptação ao ambiente em que a empresa opera.
Nesse artigo pretendo discorrer, ainda que de maneira breve, acerca do ambiente externo organizacional.
No ambiente externo as empresas são afetadas por uma infinidade de fatores sobre os quais tem pouco ou nenhum controle.
O ambiente externo organizacional pode ser classificado em duas dimensões: o macroambiente e o ambiente de domínio operacional.
O macroambiente é composto por agentes e variáveis sobre as quais a empresa tem pouquíssima ou nenhuma capacidade de promover interferências. As origens dessas variáveis podem ser reconhecidas, dentre as quais comumente se destacam: a economia; as políticas; o sistema legal; as tecnologias; os comportamentos sociais.
As empresas precisam ser capazes de se adaptarem às mudanças inerentes ao macroambiente, considerando que isoladamente não exercem autoridade e controle.
O ambiente externo de domínio operacional ainda que difícil de ser controlado, apresenta um pouco mais de previsibilidade, nessa condição, podem ser citados: os fornecedores de insumos; os clientes; os concorrentes; o potencial de mão de obra existente no mercado; os financiadores de recursos financeiros, entre outros. São elementos que interagem entre si como subsistemas do macroambiente.
A complexidade do ambiente organizacional, repleto de incertezas, por vezes pode causar desestabilizações, e é o direcionamento à adaptação e equilíbrio que sustenta a sobrevivência.
Fonte: Nascimento, Auster Moreira; Reginato, Luciene. Controladoria: Instrumento De Apoio Ao Processo Decisório. São Paulo: Atlas, 2015.
Ester Marlene Kurtz é Mestre em Contabilidade pela UFPR, professora na Estácio Curitiba. Contatos: E-mail: ester.kurtz@estacio.br