Sergio Moro debandada prefeito PP
Sergio Moro (União Brasil). Foto: Divulgação

Pelo menos 12 prefeitos de cidades do Paraná já se desfiliaram do PP (Progressistas) após o anúncio da federação com o União Brasil, partido do senador Sergio Moro. Eles não querem ficar no novo União Progressista e ter sua imagem vinculada ao ex-juiz. Os prefeitos que deram adeus a legenda em meio à formação da federação entre os dois partidos são de Céu Azul, Corbélia, Entre Rios do Oeste, Jundiaí do Sul, Mandirituba, Marechal Cândido Rondon, Nova Londrina, Ortigueira, Rio Negro, Santa Amélia, Teixeira Soares e Terra Roxa. A expectativa é que o PSD, de Ratinho Junior, atualmente com 166 prefeitos, ganhe parte desses quadros.

O apoio à candidatura de Sérgio Moro ao governo do Paraná vem diminuindo. Há alguns dias o deputado estadual Ney Leprevost disse que o antigo União Brasil vai apoiar o candidato indicado por Ratinho Junior em 2026. O Republicanos também fechou as portas ao senador e Paulo Martins, aliado do governador do Paraná, já ocupou o espaço no Partido Novo.

Com as ambições voltadas ao Palácio Iguaçu, Moro vem sofrendo desgastes. O mais recente deles é ter seu nome citado no escândalo de desvios do INSS. As investigações da Polícia Federal no âmbito da Operação Sem Desconto apontaram o nome de um ex-assessor do ex-juiz nos documentos do caso, segundo a coluna de Lauro Jardim, em O Globo.

De acordo com a PF, o ex-assessor do então ministro da Justiça Sergio Moro aparece em registros sobre mudanças feitas na pasta, que alteraram regras de sindicatos e associações patronais. Essas medidas teriam permitido a entrada de entidades assistenciais mais tarde usadas nos golpes contra aposentados.

Porém, o senador nega qualquer irregularidade. “O Ministério da Justiça e Segurança Pública sob o meu comando nunca teve qualquer relação com descontos de aposentadorias ou pensões do INSS, sendo falsas e mentirosas quaisquer tentativas de envolvê-lo. Aliás, nem existe qualquer denúncia minimamente determinada envolvendo o MJSP, somente boato vago, plantado e mentiroso. O registro sindical ficou vinculado ao MJSP por meio ano em 2019 e tudo o que fizemos foi digitalizar e dar transparência a um processo anteriormente eivado de fraudes e jogo de influências. Os responsáveis pelo roubo dos aposentados nomeados no Governo Lula para o comando do INSS deveriam estar presos, assim como os dirigentes de associações e sindicatos que se beneficiaram”, disse o senador em nota.

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