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A delegada Magda Hoffstaetter. Foto: reprodução de vídeo / PCPR

A sul-africana Anne Leigh McKenzie, vítima de feminicídio neste sábado (19), tinha conhecido o homem que a teria assassinado quanto foi visitar um ex-namorado nos Estados Unidos. A informação é da delegada Magda Hoffstaetter, da Polícia Civil do Paraná (PCPR), que nesta quinta-feira (24) prestou esclarecimentos sobre o crime.

No sábado, o norte-americano Ian Alexander Bruder Hay, de 30 anos, e a sul-africana Anne Leigh McKenzie, de 27 anos, foram encontrados mortos a tiros em um apartamento na rua Desembargador Mota, no bairro Batel, em Curitiba. “Há indícios de que o senhor Ian tenha atentado contra a vida da sua namorada. E posteriormente a isso tenha tirado a sua própria vida”, disse Magda Hoffstaetter, em entrevista coletiva, nesta quinta (24). “A gente agudara a conclusão dos laudos e a motivação”.

A delegada afirmou que a polícia conversou com familiares e advogados da família. “A mãe dela relatou que ela conheceu (Ian) no ano passado, nos EUA quando foi visitar um ex-namorado”, disse Magda. “Mas não deu detalhes do relacionamento. Até porque ela disse que só conversava com o menino em vídeochamadas”.

Na cena do crime, a PCPR apreendeu uma pistola de calibre 9mm, munições, pedras de cocaína, centenas de seringas utilizadas para o uso de drogas, dois carregadores com extensores para 30 munições cada, um carregador caracol com capacidade para 50 munições, seis celulares, duas balanças de precisão, um computador, um canivete, relógios e joias.

Questionada sobre eventuais relatos que a sul-africana havia sofrido anteriormente, Magda não pôde responder, uma vez que isso teria ocorrido nos Estados Unidos. “A Polícia Civil do Paraná não tem jurisdição lá”, disse ela.