
Os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do ParanĂ¡ (TCE/PR) rebateram hoje o que chamam de “insinuações” divulgadas por alguns veĂculos de imprensa sobre os motivos que teriam levado a Corte a emitir medida cautelar suspendendo a licitaĂ§Ă£o do Departamento de Estradas de Rodagem do ParanĂ¡ (DER-PR) para a construĂ§Ă£o da ponte sobre a BaĂa de Guaratuba, no Litoral do Estado.
No dia 27 de dezembro Ăºltimo, o Tribunal de Justiça do ParanĂ¡ (TJ-PR) aceitou um recurso do Governo do Estado e reverteu a decisĂ£o do TCE, liberando a licitaĂ§Ă£o.
Na sessĂ£o de hoje, o presidente do TCE-PR, conselheiro Fernando GuimarĂ£es, destacou que a cautelar foi emitida em representaĂ§Ă£o da Lei de Licitações formulada por empresa que participou da concorrĂªncia. Na representaĂ§Ă£o, foi apontada restriĂ§Ă£o Ă competitividade devido Ă exigĂªncia de que os licitantes comprovassem ter utilizado, na edificaĂ§Ă£o de uma Ăºnica ponte, cinco quesitos construtivos que serĂ£o usados nesta obra.
O processo foi distribuĂdo ao conselheiro MaurĂcio RequiĂ£o por sorteio de forma eletrĂ´nica, conforme previsto na Lei OrgĂ¢nica da Magistratura. A cautelar foi posteriormente homologada pelo Tribunal Pleno por unanimidade, tornando-se uma decisĂ£o colegiada, diz o Ă³rgĂ£o. “Refutamos qualquer conotaĂ§Ă£o subjetiva, independentemente de quem a faça, e vamos defender as prerrogativas dos nossos julgadores, do Tribunal Pleno e da instituiĂ§Ă£o, em qualquer campo e com qualquer remĂ©dio processual”, declarou GuimarĂ£es.
MaurĂcio RequiĂ£o classificou de “insinuações desonestas” as tentativas de colocar em dĂºvida a autonomia, a independĂªncia e a correĂ§Ă£o tĂ©cnica da decisĂ£o. “As matĂ©rias veiculadas levam Ă tentativa de dividir aqueles que analisam (o processo de licitaĂ§Ă£o), que seriam favorĂ¡veis a interesses de balseiros, inimigos do progresso e do Estado e que teriam o objetivo de atrapalhar a construĂ§Ă£o da ponte; e os ?de bem’, favorĂ¡veis Ă ponte”, afirmou.
“NĂ£o tenho amigos e nem conheço balseiros, tampouco empreiteiros. Analisei tecnicamente sob o juĂzo preliminar, sigo estudando o assunto e buscando informações para trazer a esta Corte, no momento oportuno, uma decisĂ£o fundamentada tecnicamente. Pessoalmente, sou favorĂ¡vel Ă construĂ§Ă£o dessa ponte”, declarou.
MaurĂcio RequiĂ£o afirmou que os ataques sĂ£o um insulto que nĂ£o apenas o alcançam, mas ofendem as prerrogativas do TCE-PR ao tentar influenciar as decisões da Corte. “NĂ£o podemos aceitar que um movimento orquestrado venha por em dĂºvida as razões e os motivos de qualquer um de nĂ³s, seja qual for a decisĂ£o que venha a ser tomada.”