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Vereador foi cassado por seis votos. Foto: Fernando Melo

A 1ª Vara da Fazenda Pública de Cianorte (região Noroeste) realizasse determinou a cassação do mandato o vereador Edvaldo Matias de Oliveira ‘Estância Luana’ (Patriota), acusado de furto de energia. O parlamentar foi denunciado pelo PV. Em votação no dia 24 de agosto, a Câmara considerou que pasra cassação são necessários dois terços dos votos. Como são 10 vereadores, precisaria de 7 votos favoráveis.

Entretanto, conforme o Art. 41 da Lei Orgânica Municipal, a cassação é confirmada com a maioria absoluta, neste caso com 6 votos favoráveis, em caso de quebra de decoro. Por isso, houve a liminar para que uma nova votação fosse realizada.

O presidente da Câmara, vereador Wilson Pedrão, convocou sessão extraordinária de julgamento da denúncia para a manhã de ontem. A denúncia em discussão foi assinada pelo presidente do PV de Cianorte, Carlos Roberto Destefano que teve como comissão processante escolhida por meio de sorteio os vereadores Maria Neuza Casassa (Podemos) como presidente, Afonso Lima (Rede) como relator e Wilson Pedrão como membro.

O advogado de defesa, Agnaldo Juarez Damasceno justificou a ausência do vereador apresentando um atestado de 30 dias por problemas médicas, requerendo uma suspensão do ato. O presidente da Casa rejeitou o pedido, afirmando que a ausência do denunciado não causaria prejuízo ao ato, tendo em vista que o advogado estava o representando, sendo que o conteúdo do processo é o mesmo já analisado em agosto, sem apresentação de novas provas. O advogado se retirou e disse que não ficaria no plenário em represália à decisão de continuação da sessão.

O processo administrativo apurou a representação de denúncia por infração político-administrativa e quebra de decoro parlamentar, nos casos de furto de energia elétrica da Copel e de abuso de autoridade contra servidores da Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

Foram seis votos favoráveis à cassação, de Afonso Lima, Carlos Roberto da Silva ‘Nenão da Júpiter’ (Solidariedade), Pastor Dejair Melo (MDB), Rodrigo Rezende (PSD), Thiago Fontes (União Brasil) e Wilson Pedrão; e três votos contrários, de Márcia Pereira (PL), Neuza Casassa e Tuika.

Em 2022, Edvaldo confessou ter realizado o furto em um depoimento ao Ministério Público do Paraná. O furto de energia praticado pelo parlamentar ocorreu em 2014. Ele iniciou sua carreira política dois anos depois, ficando como suplente em 2016.

O vereador se identifica como bolsonarista e “patriota”. Ele chegou a participar de manifestações em uma rodovia de Cianorte em insatisfação pela derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022. Oliveira também diz ser um “fiscal” para monitorar obras da prefeitura na cidade.