Nestes últimos anos, desde que comecei a escrever para o jornal e algumas revistas, passei a participar frequentemente de reuniões com pessoas de RH, Gerentes e Diretores de empresas interessadas nos meus trabalhos como palestrante.
As reuniões geralmente ocorrem nas próprias empresas, obviamente com hora marcada, procurando sempre o melhor horário para o possível cliente. Na maioria das vezes essa reunião é entre contratante e eu, participando, algumas vezes, o responsável pela área interessada na palestra. Essas reuniões nunca demoram mais do que uma hora, tempo suficiente para que eu possa mostrar o meu trabalho, levantar as necessidades do cliente e acertar os detalhes da palestra.
Um dos fatos que mais notei nesses encontros, é a quantidade de telefonemas que as pessoas atendem. O incrível é que muitos destes executivos possuem secretárias que deveriam estar filtrando as ligações que acontecem durante a reunião, mas mesmo assim, eles acabam atendendo uma média de 3 a 4 ligações durante esse momento que, como disse, não passa de uma hora.
Para mim, isto não é um fato que me abala, principalmente porque quando estou falando com um futuro cliente sobre o meu trabalho, diríamos, vendendo meus serviços, tenho muita consciência da importância de apresentá-lo muito bem e estar totalmente focado em colher as informações que possam atender às suas necessidades.
No entanto, lembro-me do que li num livro onde o autor narrava a história de uma pessoa que foi participar de uma reunião, com hora marcada, distante quilômetros de seu escritório e quando chegou lá, exatamente na hora marcada, depois dos primeiros 10 minutos de reunião, o telefone tocou, a pessoa atendeu e ficou 20 minutos praticamente fazendo uma reunião paralela a que estava acontecendo nesse espaço. Nesse momento essa pessoa que veio ao escritório, perdeu tempo pelo deslocamento, ficou pensando: Será que não seria melhor eu ter telefonado? O fato de eu estar aqui, deveria significar que eu merecesse mais respeito.
Na verdade, hoje em dia, as pessoas dão mais importância ao telefone do que a quem está na sua frente em corpo e alma. Durante minhas palestras, desde a chegada do celular, nunca houve uma em que alguém não saiu para atender a uma ligação, e, é incrível, a desculpa é sempre a mesma: eu precisava atender, era muito importante!!!……
Todos nós sabemos que muitas das ligações não são tão importantes e a grande maioria poderia esperar uns minutinhos….
Eu, jamais atendi telefone celular ou fixo durante uma reunião em que estou falando do meu trabalho. O maior cuidado aqui é que, dependendo do lado da negociação em que se esteja, pode-se perder bons negócios. Mas, mesmo assim, há gente que vai continuar atendendo o bendito telefone!!!!!
Um grande abraço e boa semana.
Desmar Milléo Junior, Autor do Livro: Apenas Boas Intenções Não Bastam, Palestrante nas áreas motivacional, comportamental e vendas.Treinamentos com Jogos de Negócios & Simuladores. SITES: www.milleo.com.br & www.visionbusinessgame.com.br