Como em tantas outras manhãs de domingo, me acomodei confortavelmente no sofá da minha sala, para assistir a mais uma corrida de Fórmula 1, enquanto tomava uma xícara de café com pãozinho fresco. Aguardava a largada do Grande Prêmio da Espanha de 2009 com expectativa, pois finalmente a Fórmula 1 chegara à Europa e o campeonato começaria de verdade. Nosso querido Rubinho Barrichello fez uma largada espetacular, e antes da primeira curva e por fora, “engoliu” seu companheiro de equipe Jenson Button, deixando-o em segundo lugar e assim podendo fazer uma corrida limpa para a vitória.
Durante a espetacular dança das paradas, todos os carros iam fazendo suas trocas de pneus e abastecimento. O momento do pit-stop gera em nós telespectadores uma mistura de emoção com muita adrenalina, afinal são segundos vitais que podem decidir o destino da corrida.
Muito bem! A vitória do Rubinho estava garantida. Grande engano! Rubinho, ao contrário do seu companheiro de equipe, que parou duas vezes, efetuou três paradas para abastecimento, resultando a ele um belo segundo lugar. Enquanto assistia a terceira parada acontecendo, simplesmente não acreditava. Sim, um raio pode cair duas vezes ou mais no mesmo lugar! Afinal era a segunda vez que Rubinho fazia isso este ano, perdendo posições e a terceira vez que repetia o feito na Fórmula 1. A pergunta que não quer calar: Por que o Rubinho adora parar mais vezes que os outros pilotos? Por que insiste nessa estratégia, quando só faz com que perca posições ou a vitória garantida? Basta! Depois dessa corrida, perdi a vontade de assistir ao Rubinho correndo, ou torcer para ele. Brasileiro gosta é de ganhar! Nós já nascemos com espírito de campeão, talvez por culpa do futebol, onde acostumamos a ser o melhor. Como já dizia o saudoso Ayrton Senna “essa história de dizer que o importante é competir é pura demagogia”.
Terminado o desabafo. O que temos de positivo para tirar dessa história? Que lição podemos levar para nossas vidas desse lamentável episódio?
Fico me perguntando: Se Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna tivessem tido a mesma trajetória do Rubinho na Fórmula 1, chegando ao final da carreira sem um título mundial e ai, ganhassem a última chance de pilotar por mais um ano, e que ainda entrassem numa equipe competitiva como a “Brawn” e como o piloto mais experiente, de calar a boca dos incrédulos, o que fariam? Com certeza não fariam o que o Rubinho está fazendo. Imagine, se o Piquet aceitaria qualquer imposição do todo poderoso Ross Brawn, ou o Ayrton teria escolhido ou aceitado a estratégia de parar três vezes? Jamais!
Essa temporada de 2009 infelizmente pode ser a última do Rubinho na Fórmula 1 e me fez lembrar da historinha do “Sapo Cozido”, que conto em minhas palestras. Caso você não conheça, vou contar: Se um sapo pular uma panela cheia de água sobre uma fogueira, estando a água ainda fria o sapo não vai se esforçar ou lutar para sair, mas quando a água ferver ele vai morrer cozido sem sentir dor. Agora se um sapo pular na mesma panela, mas com a água já fervendo, ele vai pular tanto que vai sair da panela, porque vai se queimar e sabe que pode morrer. Não sei se a história é verídica ou apenas um mito, pois até hoje não ouvi dizer de alguém que tenha cozinhado um pobre sapo distraído para comprovar.
No entanto, o que vale é a sua moral.
Assim gostaria de fazer algumas perguntas a você leitor:
Como está sua atuação na empresa que trabalha? Está mais para Sapo Cozido?
Como está a satisfação com o salário atual? Está mais para Sapo Cozido?
Você está ligado nas mudanças de mercado? Ou está mais para Sapo Cozido?
Como vão suas metas pessoais ou profissionais? Estão mais para Sapo Cozido?
Poderia fazer aqui mil perguntas, sobre o que você pode querer mudar na sua vida, afinal a consciência é sua, e a vida também.
Você, com toda sua experiência, conhecimento e talento, assim como Rubinho, quer ser um mero coadjuvante, rezando apenas para se manter vivo na empresa? Ou quer largar na frente e alcançar o primeiro lugar no pódio? Pense nisso!
Um grande abraço e boa semana.
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