Estive no Rio Grande do Sul há alguns meses atrás e conversava com uma
pessoa que trabalhou em uma grande fábrica de eletrodomésticos, que
desapareceu após concentrar praticamente toda sua produção para
exportação em um único país na década de 90. Como seu único comprador
no exterior interrompeu o acordo comercial, após entrar em crise, a
empresa brasileira fechou suas portas, pois dependia quase 100% daquele
cliente.
Outro exemplo de empresas que dependem de clientes únicos acontece bem
perto da minha casa. Moro num bairro bem residencial aqui em Curitiba,
local onde se instalou uma das sedes de um grande banco inglês. Ao
redor deste banco surgiram vários negócios, como estacionamentos e
restaurantes, que dependem unicamente dos funcionários e dos clientes
do banco para que seus negócios prosperem.
Estas empresas são como as cidades americanas que ficam na rota dos
furacões, sendo Nova Orleans uma das vítimas mais conhecidas. Todos têm
noção do risco de se morar nessas cidades, seus moradores vivem sob a
expectativa de uma tragédia, mas ninguém poderia prever a dimensão dos
estragos.
Pudemos ver que nem os paises de primeiro mundo, aqueles que se dizem
ricos, com seus computadores de última geração, estão totalmente
preparados para lidar com situações de emergência, ainda que previstas,
como foi o caso do “Katrina”. Alguns dias antes foi anunciada a chegada
do furacão, mas ninguém poderia precisar a sua intensidade e
conseqüências, como diversas mortes e devastação .
No caso de Nova Orleans o estrago não foi só em função dos fortes
ventos, pois para complicar a cidade fica abaixo do nível do mar e era
protegida por “Diques”, que se romperam, inundando uma boa parte do seu
território, deixando a situação ainda mais complicada.
Aqueles pequenos empresários cujo sucesso depende dos funcionários e
clientes do banco, ou aquela fábrica que se concentrou em um único
cliente no exterior, sabem que estão na “rota dos furacões”, e ainda
que seus negócios gerem passivos que são seguros apenas por alguns
“diques”, que se romperem vão além da devastação do furacão, ficando
bem mais difícil a sua sobrevivência.
É importante que a empresa perceba os sinais de riscos de “furacões”,
que busque alternativas para sair da rota de perigo, que não concentre
seus negócios em um único comprador ou fornecedor, por mais seguro que
lhe pareça. Principalmente porque contra as forças da natureza, ninguém
pode!!!!
Um grande abraço e boa semana.
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