A Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas, entidade representativa do setor de Gastronomia e Entretenimento – ABRABAR-PR, comemorou na última segunda-feira, dez anos de serviços prestados no Paraná, com uma grande celebração com amigos, apoiadores, políticos e membros da categoria, com show do cantor Fagner, no bar Santa Marta.
A People S/A posta uma entrevista exclusiva com o presidente da instituição, Fábio Aguayo, que fala do balanço do ano de 2014 e as perspectivas para o segundo semestre de 2015. “Fechamos 2014 com o maior índice de encerramento de atividades do setor na história. O faturamento caiu em torno de 40%.” Confira:

People S/A – A ABRABAR nos últimos anos tem se destacado entre as associações do segmento. A que você considera isso?

Aguayo – Acredito que devido a nossa luta e insistência em fazer o empresário entender que sem a participação política em conjunto, como grupo de pressão, não seremos ouvidos e nem consultados em decisões que interferem diretamente nos nossos negócios. Temos que ressaltar que a ABRABAR não defende meia dúzia de proprietários de empresas, empresários de elite ou só o bem sucedido, mas todo conjunto.

People S/A – Qual a perspectiva do setor para o segundo semestre de 2015? Muitos dos empresários achavam que por causa da Copa o setor tivesse um melhor desempenho no ano passado, e que o início de 2015 seria complicado. Qual também o cenário previsto para o fechamento do ano?

Aguayo – 2015 será marcado como o ano da reinvenção de atos e conceitos, de novas propostas e de colocar em prática muita criatividade para quem esta na área.

Durante a Copa, só ganhou dinheiro quem ousou e estava em lugares próximo a pontos turísticos, o que é menos de 10% de empreendimentos em um total de 14 mil empresas do setor.

Este ano, o segundo semestre, também será marcado pelas várias inaugurações de bares e casas noturnas, deixando Curitiba na vanguarda do setor no País.

People S/A – Teremos muitos feriados este ano. Isso ajuda ou prejudica o setor em Curitiba e região?

Aguayo – Curitiba já pode ser considerada uma metrópole e não deve mais se preocupar com os feriados, mas sim com as inovações que devem ser desenvolvidas para atender os turistas que também virão à capital devido aos dias de folga.  O mesmo vale para o litoral paranaense, que também deve criar novas estratégias para atrair clientes, uma vez que todos têm preferência pelas praias catarinenses.

People S/A – Na nova diretoria executiva do mandato 2014/2018 estão os principais proprietários e empreendedores da capital. O que isso impactará na atuação da ABRABAR?

Aguayo – Nossa mensagem chegou e foi bem aceita. Todos que querem contribuir pela melhoria e desenvolvimento do turismo da cidade podem dar opiniões e se voluntariar nas ações, seja o mais modesto empresário ou o mais bem sucedido de todos.

People S/A  – Serão realizados mais festivais ou eventos este ano pela ABRABAR?

Aguayo – Temos programado duas ações para 2015 e uma delas já ocorreu “O Festival de Caipirinhas” e outra, no mês de agosto, o “Festival dos Caldinhos”. Os eventos têm o objetivo de valorizar os estabelecimentos e jamais tirar proveito da categoria com taxas ou joias de adesão, procurando combater ações que oneram os empresários e praticam concorrência desleal e leonina. Também estamos elaborando parcerias com marcas famosas de cervejas para a realização de festival e circuitos.

People S/A  – Nos fale um pouco sobre a liminar da “Lei Seca” nas eleições. Foi uma vitória da classe. Qual o papel na ABRABAR nesta conquista?

Aguayo – Nos últimos dez anos, sempre em período eleitoral, tentamos sensibilizar o poder público da não necessidade da Lei Seca, argumentando que o cidadão ja está mais do que amadurecido e consciente de suas obrigações e responsabilidades. Agora iremos lutar pelos estabelecimentos que abrem em horário de almoço, como churrascarias e restaurantes.

People S/A  – Vocês pode nos falar sobre os dados do balanço e fechamento do setor em 2014? E a perspectiva em porcentagem para 2015 do crescimento ou queda.

Aguayo – Fechamos 2014 com o maior índice de encerramento de atividades do setor na história.  O faturamento caiu em torno de 40%, mas se, em 2015, recuperarmos o número médio e acrescentarmos 10%, como nos anos de 2007 a 2010, será uma vitória e um alívio.

 

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