Flávio Rocha, presidente da Riachuelo, terceiro maior empresário do Brasil, manifesta apoio ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. O executivo admite que a saída e Dilma permitiria “agonia curta” para a economia, enquanto a permanência por mais três anos significará uma “agonia longa”.
O dono da terceira maior rede de moda do Brasil, atrás da C&A e da Renner, culpa o primeiro mandato da presidente pela crise nacional. Flávio Rocha entende que é urgente uma “cirurgia profunda” no Estado brasileiro, muito além do ajuste fiscal, algo que Dilma não tem condições ou vontade de fazer. “Nós temos aí duas alternativas. Eu não acho que vai ser este o governo que fará o que tem de ser feito. Então, acho que existem dois cenários: um é o de uma agonia curta, com impeachment”, comenta.
Já o empresário Rubens Ometto, controlador do grupo Raízen, a maior empresa de açúcar e álcool do País, fez uma importante defesa da presidente Dilma Rousseff. “Hoje é fácil criticar, mas temos de reconhecer os méritos onde estão”, disse o executivo em ato público. Ometto qualificou a presidente Dilma como “mulher brasileira, patriota, correta, lutadora e de fibra”.
Ao falar sobre o momento de crise na economia, Ometto afirmou ter confiança no futuro. “Se precisarmos de prova que o Brasil é maior do que qualquer crise, a prova está no avanço do desenvolvimento do País”, afirma. Indiferente das contas de 2014 reprovadas pelo TCU, o executivo acredita que a soberania da democracia deve ser respeitada.
Cenário – Após meses de expectativas e ameaças, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), anunciou hoje que acolheu um dos vários pedidos de impeachment apresentados contra a presidenta Dilma Rousseff. Horas depois de que o PT retirar o apoio a Cunha no Conselho de Ética, onde está para ser aberto um processo por quebra de decoro parlamentar contra o peemedebista, o presidente da Câmara decidiu anunciar sua decisão, que ele disse “não fazer por motivação de natureza política”.
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