Ação do instituto Incanto: suporte a voluntários/artistas para que eles possam executar aulas regulares (foto: Divulgação / acervo Incanto)

“A gente não quer só comida

A gente quer comida, diversão e arte

A gente não quer só comida

A gente quer saída para qualquer parte

A gente não quer só comida

A gente quer bebida, diversão, balé

A gente não quer só comida

A gente quer a vida como a vida quer”

Na música “Comida”, que faz parte do álbum “Jesus não tem dentes no país dos banguelas”, de 1987, a banda Titãs canta que as pessoas não vivem apenas com o que é necessário para manter a saúde física. A canção de Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Sérgio Brito reforça que o ser humano, na verdade, também precisa daquilo que o deixa feliz, que o faça desejar continuar vivendo e conquistando.

Corta para Curitiba, tempos atuais.

Acreditando que a arte pode salvar vidas, o Instituto de Cultura, Arte e Novas Tecnologias (Incanto) tem como missão transformar o dia a dia de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social por meio da arte, cultura, tecnologia, esportes, educação e qualificação profissional. A organização não governamental usa essas áreas como ferramentas de humanização e desenvolvimento pessoal.

“Oferecemos mais de 20 oficinas ligadas à arte, cultura e novas tecnologias, no contraturno de nossos atendidos, além do desenvolvimento de atividades ligadas ao desenvolvimento socioemocional de cada indivíduo. Para além do contraturno, também oferecemos um ensino artístico com foco profissionalizante, promovendo experiências reais para que os atendidos possam entender que eles podem ser quem eles quiserem na vida”, afirma Camila Casagrande, presidente da instituição.

A história do Incanto começa oficialmente em 2017, mas tem suas raízes em 2008 e em um outro projeto fundado por Camila, o grupo de dança Senses. Após quase 10 anos dando aula de dança para as crianças na comunidade, ela partiu para a ampliação de sua atuação, com o desejo de multiplicar o impacto que havia gerado na região. “Fiz o convite para que meus alunos se tornassem professores. E foi aí que o Incanto surgiu em 2017”, conta.

O Incanto oferece suporte a voluntários/artistas para que eles possam executar aulas regulares, de forma gratuita, em outras ONGs parceiras espalhadas por Curitiba e região. “Assim, promovemos o pertencimento com acesso de qualidade a arte e cultura, transformando vidas de crianças e adolescentes que estão em situação de vulnerabilidade através da arte e da cultura como ferramentas de humanização”, diz Camila. “E hoje, nossa transformação também acontece por meio do nosso Centro Cultural (localizado no bairro Santa Quitéria, em Curitiba), com aulas nos turnos da manhã e tarde, semanalmente, além de oficinas aos fins de semana.”

Frase

“O Incanto é uma extensão do que o grupo de dança Senses foi em seus 10 anos e continua representando, por meio de seus alunos que agora são multiplicadores e professores no Incanto.”

Camila Casagrande, presidente do Instituto de Cultura, Arte e Novas Tecnologias (Incanto).

FICHA

Instituto de Cultura, Arte e Novas Tecnologias (Incanto)

Quando começou: 2017.

Forma de atuação: Equipe própria e voluntários.

Quais são as ações praticadas: Cursos de arte, cultura, tecnologia, esportes, educação e qualificação profissional.

Público-alvo: Crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.

Parceria com órgãos públicos: Sim. A ONG tem convênios municipais e estaduais, além de contar com mecanismos de leis de incentivo que permitem doações via isenção do Imposto de Renda.

Como colaborar: Os interessados em colaborar ou conhecer o trabalho da ONG podem enviar e-mail para [email protected] ou entrar em contato pelo 41 99945-4942. Mais informações no site www.institutoincanto.org.br ou nos perfis nas redes sociais (@institutoincanto).